IMPLEMENTAÇÃO DE UMA BASE DE DADOS PARA O ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES NO AMBULATÓRIO DE SÍNDROMES MIELODISPLÁSICAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
A síndrome mielodisplásica (SMD) consiste em um grupo heterogêneo de entidades caracterizadas por graus variados de displasia na medula óssea, citopenias e progressão para leucemia mielóide aguda (LMA). Assim, para o diagnóstico, deve ser feito hemograma, aspirado de medula óssea, biópsia de medula óssea e cariótipo, além de excluir outras causas de citopenia e de displasia, como disfunções endócrinas, metabólicas, deficiências nutricionais, infecções virais, doenças autoimunes, entre outras. Após a confirmação do diagnóstico, deve ser realizada a estratificação de risco a partir do Revised International Prognostic Scoring System (IPSS-R), o qual se divide em muito baixo risco, baixo risco, risco intermediário, alto risco e muito alto risco. O IPSS-R auxilia na predição de evolução para LMA, sobrevida estimada e na decisão da melhor conduta terapêutica. Na atualidade, o único tratamento curativo é o transplante de medula óssea (TMO), que tem alta morbidade e mortalidade. Outros tratamentos incluem tratamento de suporte com eritropoetina, transfusão sanguínea e o uso de fármacos como azacitidina e lenalidomida. Nesse sentido, implementamos uma base de dados por meio do programa Research Electronic Data Capture (REDCap). O REDCap consiste em uma plataforma online construída para compilar, organizar e analisar informações com dados relevantes sobre os pacientes, como perfil demográfico, história patológica pregressa, comorbidades, uso de fármacos, hemograma, reticulócitos, perfil de ferro, perfil metabólico, análise da medula óssea, sorologias, uso de eritropoietina, classificação da SMD segundo a OMS, uso e resposta a fármacos específicos para SMD e progressão para LMA. Atualmente, contamos com 340 pacientes cadastrados na plataforma.Publicado
2021-01-01
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XXX Encontro de Extensão
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