NOS PÓDIOS DA DRAGA: PESQUISA, MEMÓRIA E CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO.

Resumo

“Nos Pódios da Draga” é um projeto de realização de um curta documental de cunho etnográfico que traz relatos de vivências e conflitos de gênero entre jogadoras e jogadores de futebol amador em torno da utilização da quadra da comunidade do Poço da Draga, na Praia de Iracema, local onde residem os/as interlocutores/as dessa pesquisa. Foi iniciado a partir de oficinas de antropologia visual realizadas pelo Laboratório de Estudos da Oralidade (LEO) da UFC sobre a utilização das imagens como dispositivo de conhecimento. A partir da metodologia da “câmera participante”, de Robert Flaherty, que possibilita a relação entre quem filma e quem é filmado e da antropologia compartilhada, de Jean Rouch, que propõe a relação orgânica de construção da imagética a partir da interlocução participativa entre quem filma e quem é filmado, busco capturar, em imagens e palavras, a experiência desportiva de “atletas” do Poço da Draga. Investindo no conhecimento daquele território, com o intuito de compreender a sua constituição histórico-geográfica por meio das narrativas trazidas pelos/as habitantes e, por sua vez, compreender a sua história circunscrita na cidade, situando o lugar do trabalho com a imagem junto às pessoas e suas memórias e narrativas. O filme “Nos Pódios da Draga”, ainda em andamento, compõe o trabalho de conclusão de curso da realizadora, sendo desenvolvido no âmbito do projeto de extensão “Itinerâncias do Prêmio Pierre Verger ou O Audiovisual Como Dispositivo de Comunicação e Conhecimento”, que busca dar suporte ao Projeto Pedagógico do Curso de Ciências Sociais (PPCS) com pretensão de admitir a produção de filme etnográfico e um ensaio escrito como pré-requisito para a conclusão de curso. O presente trabalho traz exposições acerca da atividade remota “Só falta o filme” realizada pelo Núcleo de Imagem e Som em Antropologia – Cabaça Filme (UFC), através das plataformas Youtube e Meet , onde foi exibido e debatido o filme “Nos Pódios da Draga”, de Elisa Alencar.