O IMPACTO DO COVID 19 SOBRE O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE FRATURAS
Resumo
Introdução: No final do ano de 2019, foram identificados os primeiros casos de infecção pelo vírus SARS-CoV-2, o qual rapidamente se espalhou para diversas nações, chegando ao Brasil em fevereiro de 2020. Diante desse cenário, diretrizes como distanciamento social, estado de quarentena, lockdown e modificações na dinâmica interna dos centros de saúde foram usadas na tentativa de conter a disseminação do vírus. Essas alterações causaram mudanças no padrão epidemiológico dos atendimentos traumato-ortopédicos em todo o país. Objetivo: Investigar as mudanças em fatores como mecanismo de trauma e quantidade de cirurgias de fraturas dos pacientes atendidos em hospital referência de traumatologia, antes e depois do início da pandemia de Covid-19 no Brasil, visando a adaptação do atendimento traumatológico. Material e Métodos: Análise retrospectiva e descritiva dos dados das fraturas de pacientes admitidos no Instituto Doutor José Frota (IJF) entre 16 de dezembro de 2019 e 16 de junho de 2020. Utilizou-se mínimo, máximo, mediana, média e desvio-padrão para as variáveis qualitativas e número de pacientes e proporção para as qualitativas. Para comparar períodos, utilizou-se teste para comparação de duas proporções (teste z). Resultados: A quantidade de cirurgias ortopédicas antes do primeiro caso de COVID -19 no Ceará foi de 655, diminuindo para 577 subsequentemente, o que representou uma redução de 11,9% (p = 0,071). Houve mudança significativa também dos mecanismos de trauma relatados (p < 0,05), com um crescimento proporcional das fraturas relacionadas a traumas de alta energia e redução daquelas causadas por quedas ao solo. Conclusão: Concluímos que o entendimento das mudanças no número de cirurgias e nos mecanismos de trauma no cenário do lockdown permite a criação de planos e estratégias para otimizar o atendimento traumatológico durante a fase atual e as fases posteriores da pandemia.Publicado
2021-01-01
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XXX Encontro de Extensão
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