PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO SOBRE A HANSENÍASE E SUA RELAÇÃO COM O ESTIGMA ENFRENTADO PELOS SEUS PORTADORES

Autores

  • JosÉ Lopes Tabatinga Neto
  • Thiago André Gomes Costa Pereira
  • Francisco de Assis Aquino Gondim

Resumo

Introdução: Apesar das diversas medidas de saúde pública adotadas com o intuito da erradicação da HA, o Brasil continua sendo o 2º país em número de casos no mundo, correspondendo a cerca de 95% dos casos nas Américas. O estigma relacionado à HA é ocorre globalmente, mas são poucas as publicações referentes ao assunto, principalmente no Brasil. Fato que pode comprometer o controle da doença. Objetivos: Analisar os conhecimentos da população sobre conceitos básicos relacionados à Hanseníase comparando com os conhecimentos de profissionais e estudantes da área de saúde. Metodologia: Perguntas feitas através das ferramentas “teste” e “enquete” na rede social Instagram. Foram excluídos participantes que não responderam a pergunta “você é profissional ou estudante da área da saúde?”. Resultados: 75 pessoas foram entrevistadas, sendo 39 profissionais ou estudantes da área de saúde, Grupo Controle (GC), e 36 restantes, Grupo Teste (GT). Sobre o agente causador da HA, o GT respondeu: 33,3% bactérias, 45,5% protozoários e 21,2% vírus; o GC 91,4% respondeu bactérias. Sobre a forma de transmissão da HA o GT respondeu: 38,7% gotículas de saliva, 32,3% contato com as feridas do paciente, 12,9% contato com sangue contaminado e 16,1% água ou alimentos contaminados; o GC 69,7% gotículas de saliva, 15,2% contato com as feridas do paciente, 9,1% água ou alimentos contaminados e 6,1% contato com sangue contaminado. Sobre se ainda existem casos de HA no Brasil, o CT respondeu: 93,5% sim e 6,5% não, o GT respondeu 94,1% sim e 5,9% não. Sobre se a HA tem cura, o GT respondeu: 76,5% sim e 23,5% não, o GC respondeu 77,4% sim e 22,6% não. Conclusão: Ambos os grupos reconhecem a existência da HA como doença ainda existente, entretanto, persiste o desconhecimento da possibilidade de tratamento. Esse fato, somado com o desconhecimento das formas de transmissão podem contribuir para o estigma enfrentado. São necessárias pesquisas mais amplas e detalhadas para consolidar os dados apresentados.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXX Encontro de Extensão