PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO CONTÍNUA NO MONITORAMENTO DO TRATAMENTO AMBULATORIAL DE PACIENTES COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA NO AMBULATÓRIO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO. GRUPO DE OBSERVAÇÃO DE TRATAMENTO E ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS (GOTAH), AÇÃO INTEGRADA EM SAÚDE. CÓDIGO: FFM00.2006.PJ.0030

Autores

  • Hiago Vieira da Silva
  • Luan Rebouças Castelo
  • Cynthia Cavalcante de Andrade
  • Suzzy Maria Carvalho Dantas
  • Fernando Barroso Duarte
  • Romelia Pinheiro Goncalves Lemes

Resumo

Os medicamentos que têm como alvo as células da leucemia mieloide crônica (LMC), conhecidos como inibidores da tirosina quinase (ITKs), tornaram-se o tratamento padrão para a LMC. Os ITKs parecem responder melhor na fase crônica da doença, mas também podem auxiliar nas fases mais avançadas (acelerada ou blástica). Na maioria dos pacientes, os ITKs não curam a doença, por isso precisam ser administrados de forma contínua, mas para alguns pacientes com boas e duradouras respostas ao tratamento, pode ser possível interromper o uso desses medicamentos, ou pelo menos diminuir a dose. Os ITKs podem ter interações importantes com outras medicações, suplementos e até mesmo certos alimentos. Nesse contexto, o projeto GOTAH desenvolveu um manual contendo informações acerca dos efeitos colaterais dos ITKs e da importância da adesão ao tratamento. O manual foi elaborado para orientar o paciente e a comunidade em geral sobre essa terapia alvo, seus desafios e importância no manejo da doença. O material aborda inicialmente o Imatinibe, ITK de primeira geração, cujos efeitos colaterais comuns podem incluir náuseas, diarreia, dor muscular e fadiga. Posteriormente foram abordados os ITKs de segunda geração (Dasatinib, Nilotinib), Os efeitos colaterais do Nilotinibe parecem ser leves, mas podem incluir acúmulo de líquido, diminuição das taxas sanguíneas, náuseas, diarreia, erupção cutânea e algumas alterações nos exames bioquímicos. O medicamento pode afetar o ritmo cardíaco que pode ser potencializado com a interação com outros medicamentos ou suplementos. Os possíveis efeitos colaterais do Dasatinibe parecem ser semelhantes aos de Imatinibe, incluindo acúmulo de líquido, diminuição das células sanguíneas, náuseas, diarreia e erupções cutâneas. Conclui-se que a disponibilidade desse manual vai proporcionar um melhor entendimento da comunidade (pacientes, familiares e alunos) sobre a terapia alvo utilizada na doença e a importância do tratamento de forma adequada e contínuo.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXX Encontro de Extensão