RELAÇÃO ENTRE FORÇA MUSCULAR PERIFÉRICA E A CAPACIDADE FUNCIONAL DE INDIVÍDUOS NO PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA

Autores

  • Francisco Vandecir da Silva
  • Paulo Henrique Sousa Cavalcante
  • Kettleyn Alves Paiva
  • Julia Maria Sales Bedê
  • Lysa Maira Ferreira Soares
  • Daniela Gardano Bucharles Montalverne

Resumo

Introdução: A capacidade funcional de pacientes com doença cardiovascular é menor em comparação a indivíduos saudáveis. A força muscular periférica (FMP), mensurada por meio da força de preensão palmar, é um importante preditor da capacidade funcional capaz de identificar pacientes com maus prognósticos. Objetivo: Verificar a relação entre a força muscular periférica e a capacidade funcional de indivíduos no pré-operatório de cirurgia cardíaca. Metodologia: Estudo transversal, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa com pacientes no período pré-operatório de cirurgia cardíaca avaliados pela Liga de Fisioterapia Cardiovascular no Hospital Universitário Walter Cantídio no período de maio a julho de 2021. Foi aplicado inicialmente um questionário com dados sociodemográficos e dados clínicos da condição de saúde. A capacidade funcional foi verificada pelo teste da caminhada de 6 minutos (TC6). A mensuração da FMP foi realizada avaliando-se a força de preensão manual por um dinamômetro. Para análise estatística foi utilizado o software SPSS e as variáveis quantitativas foram apresentadas por média e desvio-padrão (M±DP). O nível de significância adotado foi de 5% (p < 0,05). Resultados: Foram avaliados 30 indivíduos, sendo 15 do sexo masculino e 15 do sexo feminino, com média de idade 59±11 anos, média de peso de 61,75±19 kg e de altura 1,59±0,07 m. No TC6 os participantes caminharam 100% do previsto (p=0,985). Já na FMP, foi observado redução da força no membro dominante de 33% (p=0,000) e no membro não dominante a redução foi de 32% (p=0,000), quando comparado aos valores preditos. Foi verificada uma correlação moderada entre a FMP e a distância percorrida no TC6 (r=0,451, p=0,035 e r=0,489, p=0,021, respectivamente membro dominante e não dominante). Conclusão: Houve uma redução da força muscular periférica em relação aos valores previstos e esta esteve de forma moderada associada a uma menor capacidade funcional no pré operatório de cirurgia cardíaca.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXX Encontro de Extensão