REPERCUSSÕES NEUROFUNCIONAIS DO AVC INFANTIL POR INFECÇÃO DO NOVO CORONAVÍRUS

Autores

  • Francisco Douglas da Silva Freires Barros
  • Claudia Cristino Viana
  • Milena Azevedo do Vale Santiago
  • Renata Viana Brigido de Moura Jucá
  • Fabiane Elpidio de Sa Pinheiro

Resumo

Introdução: No cenário de pandemia do novo coronavírus, ainda há incerteza sobre o impacto em crianças. Há relatos que essa população tem menos sinais e sintomas, se comparada a adultos e idosos. Porém, repercussões neurológicas por infecção de SARS-CoV-2 em crianças vêm sendo relatadas na literatura. No 1º semestre de 2021, o projeto “O Cuidado Centrado no Acompanhamento Multidisciplinar da Criança com Desenvolvimento Atípico” recebeu uma criança com diagnóstico de Acidente Vascular Cerebral (AVC) por infecção de SARS-CoV-2. Objetivos: Avaliar as repercussões neurológicas da infecção pelo novo coronavírus em crianças e projetar uma cartilha de orientações como estratégia de intervenção domiciliar. Metodologia: Realizada avaliação fisioterapêutica neurológica, além da aplicação de questionário e teste específicos acerca da queixa principal do paciente (PROMIS® Pediatric Upper Extremity; Box and Block Test of Manual Dexterity). Resultados: O AVC afetou a função de hemicorpo esquerdo, com maior impacto no membro superior. Constatou-se uma pequena alteração de equilíbrio e um comportamento negligente por parte da criança com seu membro afetado, sinais comuns em pacientes pós-AVC. Após avaliação, a criança recebeu 2 atendimentos em 2 semanas. Uma cartilha de orientações domiciliares foi desenvolvida e encaminhada para a família seguir em tratamento durante as férias curriculares. Discussão: A infecção pelo novo coronavírus pode ocorrer de forma sistêmica, com relatos de acometimento neurológico em crianças, como o caso deste estudo. O paciente cursou com sequelas sensoriomotoras em hemicorpo esquerdo e vem melhorando desde a admissão na fisioterapia. Conclusão: No caso relatado, o paciente vem apresentando melhoras notáveis nas disfunções motoras e sensitivas após AVC por infecção do SARS-CoV-2, parecendo ser o acompanhamento fisioterapêutico um importante contribuinte para isso. Porém, é necessária reavaliação com os testes propostos para confirmar os avanços.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXX Encontro de Extensão