ANÁLISE MACROSCÓPICA DE MINERAIS ENCONTRADOS EM PEGMATITOS NA REGIÃO DOS SERTÕES DE CRATEÚS

Autores

  • Joice Maria de Paiva Silva
  • JOAO PEDRO DE ABREU MESQUITA
  • Francisco Diones Oliveira Silva

Resumo

O município de Crateús, que está localizado a oeste do estado do Ceará, apresenta uma geologia bastante diversificada em relação a litotipos e estruturas geológicas. O contexto geológico regional do município de Crateús é referente ao Domínio Ceará Central, pertencente à região norte da Província Borborema. A área em estudo está localizada a noroeste da sede da cidade, mais especificamente na localidade do Sítio do Meio, onde foi identificada a ocorrência de pegmatitos. O pegmatito é uma rocha ígnea ou metassomática, normalmente granitóide, que ocorre em veios/diques com a presença de minerais que tendem a ocorrer com grande tamanho, de centimétrico a decimétrico. Diante disso, este trabalho teve como objetivo a análise e identificação dos principais minerais presentes em pegmatitos na região de Crateús, com o intuito de colaborar de forma prática nas disciplinas de Mineralogia e Petrografia. Inicialmente, uma das ferramentas utilizadas foi o GPS, modelo Garmin 64S, para ajudar a traçar a rota de chegada ao local e também coletar as coordenadas dos pontos, onde foram identificados 2 afloramentos. Além disso, utilizou-se uma bússola, do tipo Brunton, a fim de ajudar na direção, provável, do pegmatito com base em medidas de atitudes de estruturas rúpteis em rochas encaixantes. Para auxiliar na identificação dos minerais foram utilizados os seguintes equipamentos: lupa monocular com aumento de 20X, riscador e martelo geológico. Os resultados obtidos em campo identificaram a presença de minerais comumente encontrados nos pegmatitos, tais como o quartzo, feldspato potássico, turmalina preta (schorlita) e muscovita. Os cristais de quartzo encontrados apresentam as seguintes variedades: quartzo leitoso, hialino, rosa e fumê, com tamanhos na fração centimétrica. Já os feldspatos potássicos possuem coloração rosada, com baixa presença de alteração e com tamanho na ordem centimétrica. Os cristais de turmalina preta detêm fortes sinais de alteração, sendo facilmente pulverizados e fragmentados, com tamanhos consideráveis em sua estrutura. A muscovita apresenta cristais em baixa quantidade na rocha, sendo esta distribuída em finas camadas, associada ao feldspato potássico. Portanto, com os materiais coletados em campo, pode-se afirmar que eles serão úteis para contribuir na formação do conhecimento dos discentes das disciplinas de Mineralogia e Petrografia, visto que, será possível determinar de forma precisa as propriedades dos minerais, bem como identificá-los nos diferentes tipos de rocha.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

Encontro de Iniciação à Docência