ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE BIOSSURFACTANTE COMPLEXADO COM AMINOÁCIDO FRENTE A CEPAS DE S. AUREUS

Autores/as

  • Fatima Daiana Dias Barroso
  • Lisandra Juvencio da Silva
  • Helaine Almeida Queiroz
  • Lívia do Amaral Valente Sa
  • Helio Vitoriano Nobre Junior

Resumen

Os Ramnolipídeos são biossurfactantes constituídos por um grupo quimicamente heterogêneo de metabólitos secundários. Exercem um papel fundamental na proteção da bactéria das defesas do hospedeiro, estando também envolvidos nos processos de motilidade e formação de biofilme. Estudos mostram que os ramnolipídeos possuem diversas aplicações, entre elas estão a atividade anticâncer, imunomodulação e atividade como agente antimicrobiano. Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM) é um patógeno nosocomial, sendo uma das principais causas de infecções persistentes em humanos e de infecções relacionadas a cateteres. Devido ao aumento de infecções atribuídas a esse patógeno assim como a crescente resistência aos antibióticos existentes, faz-se necessário a busca por novas estratégias terapêuticas. No estudo foi utilizado um ramnolipídeo complexado com o aminoácido arginina, o qual propicia uma carga positiva a molécula, melhorando suas propriedades biológicas. A determinação da concentração inibitória mínima (CIM) foi realizada de acordo com os protocolos do CLSI, 2015. As CIMs variaram entre 4 μg/mL e 8 μg/mL para as cepas de S. aureus sensível a meticilina ATCC e S. aureus resistente a meticilina ATCC respectivamente. Os valores de CIM para todas as cepas clínicas de S. aureus isoladas de diferentes sítios foram iguais a 8 μg/mL. Para a Oxacilina, droga referência utilizada no tratamento de infecções por S. aureus, as CIMs variaram de 0.125 μg/mL para a cepa de S. aureus ATCC a 256 μg/mL para cepas resistentes. De acordo com o CLSI, uma CIM > 8 μg/mL é relativa à resistência da cepa a oxacilina. Pode-se concluir, portanto, que o ramnolipídeo complexado a arginina constitui uma estratégia potencial para o desenvolvimento de novas formulações frente a cepas de S. aureus resistente a meticilina.

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Publicado

2022-01-01

Número

Sección

XV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação