UTILIZAÇÃO DE CRITÉRIOS MORFOLÓGICOS COMO INDICADORES DE AGRESSIVIDADE EM CERATOCISTOS ODONTOGÊNICOS.

Autores

  • Anne Diollina Araújo Morais
  • Filipe Nobre Chaves, Marcelo Bonifácio da Silva Sampieri, Wylly Wesley Costa de Moura, Gislayne Nunes de Siqueira
  • Denise Hélen Imaculada Pereira de Oliveira

Resumo

As lesões odontogênicas constituem um grupo heterogêneo de lesões, com características histopatológicas e manifestações clínicas diversas. O ceratocisto odontogênico (CO) se destaca no grupo dos cistos odontogênicos por apresentar comportamento biológico bastante intrigante e tendência a desenvolver recidivas. Estudos têm buscado identificar eventos moleculares e características clinicopatológicas responsáveis pelo desenvolvimento, progressão, agressividade e recidiva dos COs. Algumas pesquisas têm destacado que as características histopatológicas podem estar associadas com as taxas de recidivas do CO. Nesse sentido, o presente estudo visou realizar uma análise retrospectiva dos prontuários clínicos e descrever as características histopatológicas dos casos de COs registrados em um serviço de Estomatologia no período de 2008 a julho de 2019, com a finalidade de buscar características que possam ser utilizadas para prever o comportamento e potencial risco de recorrência de COs. A amostra foi composta por 14 casos que, apesar de pequena, no geral, demonstrou predileção pelo sexo feminino, com maior acometimento em indivíduos na segunda década de vida. A maior parte esteve localizada em região posterior de mandíbula e ausente de sintomatologia dolorosa. Histopatologicamente, a maior parte dos casos exibiu as características histopatológicas usuais desse cisto odontogênico, incluindo um revestimento epitelial do tipo escamoso estratificado com a camada de paraceratina corrugada, camada basal em paliçada e hipercromática e cápsula cística de tecido conjuntivo fibroso denso. Presença de cistos satélites, ninhos de epitélio odontogênico em meio à cápsula cística, além de destacamento do revestimento epitelial da cápsula cística e hialinização da cápsula em região subepitelial também foram observados nos casos estudados. A observação das mesmas características nos casos recidivantes denotou uma ausência de distinção entre cistos recorrentes e não recorrentes.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Iniciação Científica – PRPPG