DIAGNÓSTICO NA(DA) ESCOLA: CARTOGRAFIAS DO DESEJO DE PATOLOGIZAÇÃO DO SUJEITO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA.

Autores

  • Maria Alayny Cavalcante Melo
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  • Ana Carolina Borges Leão Martins

Resumo

O presente trabalho tem por objetivo demonstrar como tem se dado o desenrolar de uma pesquisa referente a explosão de diagnósticos psiquiátricos no contexto escolar. Busca-se destacar a relação intrínseca entre as determinações da escola e os imperativos sociais que vigoram atualmente, tensionando sobre como o diagnóstico surge na escola, quais condutas ele cria e legitima, e a quem serve. Nosso olhar debruça-se nas relações que se constituem entre a crescente demanda por patologização dos sujeitos na escola e os ideais neoliberais que tem fomentado o fazer escola na contemporaneidade. Pretendemos apontar que o ideal de desempenho e lucro, característica da sociedade que vivemos, atinge de forma incisiva o ambiente escolar e o atravessa, e vai nesse caminho criando e legitimando estratégias contínuas para que possam ser alcançados. Nesse sentido, pretendemos demonstrar como essas discussões encontram-se intimamente entrelaçadas a crescente dinâmica de procedimentos avaliativos dentro das escolas. Ou seja, nosso olhar volta-se sobre as inter-relações que essas instâncias possuem, compreendendo que estas se perfazem e demarcam assim certas formas de ser, estar e pertencer. Assim visualizamos também a conexão que se estabelece entre diagnóstico e procedimentos avaliativos como diretamente proporcional, ou seja, quanto mais se avalia, mais se diagnostica. Cabendo refletir dessa forma sobre como a demanda por procedimentos avaliativos surge a partir da lógica neoliberal de desempenho e performance, deflagrando portanto a teia imbricada que fomenta nossa investigação.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Iniciação Científica – PRPPG