EFEITO DO BETA-CARIOFILENO NA MEMÓRIA DE CAMUNDONGOS SUBMETIDOS AO MODELO DE EPILEPTOGÊNESE INDUZIDA POR PILOCARPINA

Autores

  • Mateus Aragão Esmeraldo
  • Lucas Diogo Rosa, Cleane Gomes Moreira, Paulo de Tarso Teles Dourado de Aragão, Lissiana Magna Vasconcelos Aguiar
  • Carla Thiciane Vasconcelos de Melo

Resumo

INTRODUÇÃO: A epilepsia é uma desordem neurológica comum com prevalência estimada de 0,5% a 1% da população mundial e que prejudica intensamente a qualidade de vida dos afetados. Estima-se que 30% da população seja refratária à terapia farmacológica, além dos numerosos e frequentes efeitos colaterais associados aos fármacos antiepilépticos. Nesse contexto, drogas alternativas de origem vegetal como o beta-cariofileno (BCF) têm mostrado resultados promissores em modelos animais da doença. OBJETIVO: Investigar o efeito do BCF na memória de camundongos submetidos ao modelo de epileptogênese induzida por pilocarpina. METODOLOGIA: Camundongos Swiss machos (20-25g) foram divididos em dois grandes grupos, os epiléticos (GE) e não epiléticos (GNE). Ambos foram submetidos ao protocolo de indução da epileptogênese por pilocarpina, entretanto, no GNE, foi usada solução salina (NaCl 0,9%). Após 24 horas os animais foram tratados com BCF nas concentrações de 50 e 100 mg/kg (BCF50 e BCF100) ou salina, v.o, durante 14 dias. No 13° dia foi realizado o teste de reconhecimento de objetos. O tempo total de exploração de objetos e o percentual do tempo de exploração do objeto novo em relação ao tempo total de exploração, por 10 minutos, foram avaliados. Para análise estatística foi utilizado ANOVA seguido por Tukey. Os resultados foram significativos quando p<0,05. RESULTADOS: Nos animais do GE, o BCF nas duas doses (BCF50: 29,0 ± 6,0, p<0,05; BCF100: 28,5 ± 9,8, p< 0,05) diminuiu o tempo de exploração do novo objeto em relação ao grupo Salina (49 ± 5,8). No GNE, o BCF, em ambas as doses (BCF50: 28 ± 13; BCF100: 30,2 ± 16), não alterou o tempo de exploração do objeto novo comparando com Salina (35,7 ± 20). CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que o BCF possa prejudicar a memória dos animais durante o status epilepticus sem, contudo, interferir na memória de animais saudáveis. Entretanto são necessários mais estudos para esclarecer o efeito do BCF sobre o status epilepticus.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Iniciação Científica – PRPPG