LEVANTAMENTO DE LESÕES VASCULARES EM UM SERVIÇO DE ESTOMATOLOGIA DO INTERIOR DO CEARÁ

Autores

  • Irla Maria Sousa Moura
  • Anne Diollina Araújo Morais, Marcelo Bonifácio da Silva Sampieri, Filipe Nobre Chaves
  • Denise Hélen Imaculada Pereira de Oliveira

Resumo

INTRODUÇÃO: Lesões vasculares (LVs) são lesões de origem congênita ou adquirida cujos componentes que predominam são estruturas vasculares. As Malformações Vasculares (MVs) são geralmente presentes ao nascimento, não tem tendência à regressão espontânea e podem aumentar com o tempo, sendo classificados de acordo com o seu tipo de fluxo (fluxo lento e alto fluxo). Os Hemangiomas de Infância (HIs) apresentam história típica de aparecimento nos primeiros dias ou semanas de vida, com um período de crescimento rápido, estabilização e lenta involução. As (LVs) orais caracterizam-se clinicamente como lesão do tipo nodular ou mancha, cuja cor varia do vermelho intenso ao roxo e possuem tamanho variável. Quando localizados na cavidade oral, a semelhança das características dos HIs e da MVs pode dificultar a classificação e o diagnóstico diferencial clínico. Diascopia, exames por imagens, além de achados importantes como a hemodinâmica da lesão, contribuem para o diagnóstico e planejamento de tratamento. OBJETIVO: Realizar um levantamento dos casos de lesões vasculares diagnosticadas em um Serviço de Estomatologia do Ceará. METODOLOGIA: Análise retrospectiva dos prontuários dos pacientes atendidos nos últimos cinco anos que obtiveram como diagnóstico clínico MVs ou HIs. RESULTADOS: A análise de dados mostrou que 43 pacientes foram diagnosticados com LVs orais. Destes, 15 apresentaram diagnóstico de malformação vascular e 28 de hemangioma de infância. Com relação aos casos de MVs, houve predomínio do sexo masculino (53,33%), a média de idade foi de 55,5 anos e o principal sítio de acometimento foi a mucosa jugal. Nos casos de HIs, o sexo feminino foi prevalente, com média de idade de 53,2 anos e língua foi o sítio mais acometido. CONCLUSÃO: Nas lesões orais, a semelhança das características clínicas dos HIs e MVs pode dificultar a classificação e o diagnóstico diferencial clínico. A distinção correta dessas lesões resultará na escolha do tratamento mais adequado para caso.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Iniciação Científica – PRPPG