O DESENHO DO SERTÃO BRASILEIRO: DISPUTAS E TENSÕES NA FORMAÇÃO DA NAÇÃO (FRONTEIRAS, RELAÇÕES ECONÔMICAS E MOBILIDADE)

Autores

  • Max Táoli Silva Sousa
  • Maria Ayla Albuquerque de Lima
  • Ana Sara Ribeiro Parente Cortez Irffi

Resumo

O processo de independência do Brasil, iniciado com a chegada da família real em 1808, e tendo culminado, em termos políticos, a partir do ano de 1822 é um momento de abertura de novas discussões sobre a construção da nação brasileira, em termos territoriais, econômicos e políticos, e a definição do ser brasileiro. Mais especificamente, essas questões tem lugar quando se aponta para o chamado sertão brasileiro - hoje conhecido como o interior do Nordeste - e os movimentos que são deflagrados a partir dessas novas definições, como a Confederação do Equador, em 1824, e os movimentos sociais do período regencial, 1831 e 1845. Como objetivo principal, essa pesquisa se propôs discutir os aspectos dessa nova organização da "nova" nação a partir dos questionamentos políticos trazidos pelas camadas sociais, sobretudo chamadas populares - ou da chamada gente de cor -, bem como sua atuação nesse espaço de sertão. Também foi objetivo questionar acerca do alcance do braço do governo a esse espaço contando com organização e movimento próprio dessas populações - e a construção ou a tentativa de delimitação das fronteiras entre as províncias, com a consequente interferência na vida e trabalho dessas populações. As fontes que serviram de base a pesquisa são ofícios militares, cartas oficiais, livros de memorialistas, escritos de viajantes, dicionários (os mais diversos), jornais, códigos de posturas, Atas da Câmara, entre outras que podem ser identificadas durante a pesquisa.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Iniciação Científica – PRPPG