JUVENTUDES PERIFÉRICAS E CULTURA MARGINAL: DAS MANIFESTAÇÕES EMPODERADORAS DE SAÚDE DO SLAM DA QUENTURA

Autores

  • Luiz Gomes da Silva Neto
  • Deidiane Moreira Alves
  • Francisca Denise Silva do Nascimento

Resumo

Partimos do entendimento de que os movimentos culturais de juventudes devem ter um espaço de diálogo junto à Atenção Primária, na Estratégia de Saúde da Família – ESF, pois são uma práxis político-social que reverbera como mecanismo de promoção de saúde. Portanto, nossos objetivos são compreender de que forma o Slam da Quentura produz saúde. Além disso, buscou-se entender qual a percepção que as juventudes sobralenses participantes desse movimento têm em relação à saúde e as suas necessidades, levando em consideração a ESF. Tratou-se de um estudo descritivo, exploratório e de abordagem qualitativa, caracterizada por uma investigação dos possíveis impactos de movimentos culturais na saúde dos jovens imersos nestes percursos. Quando se problematizou a questão sobre o processo de políticas em saúde no sentido de haver um real conhecimento das necessidades diversas de saúde do público de jovens das periferias sobralenses, também se tornou interessante refletir sobre as atividades desenvolvidos pelos jovens participantes do Slam da Quentura: tais ações são estratégias que manifestam formas de fazer saúde? Elas estão vinculadas à práxis da promoção em saúde? As respostas a esses questionamentos foram relevantes para a fundamentação deste estudo, em que constatamos a importância do desenvolvimento de políticas públicas que manifestem produções não apenas no âmbito da prevenção e vigilância, mas de promoção em saúde também. Constamos, em nossos resultados, que o Slam da Quentura promove saúde no processo não só de organização de suas atividades, mas nas realizações delas, em que jovens saem de seus bairros para se encontrarem, para além de uma disputa poética: eles interagem, dialogando, manifestando amor, compreensão, empatia pelo outro(a) a partir de um viés poético, de cuidado, de atenção, em uma manifestação intensa de empoderamento.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação – PRPPG