ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DE PACIENTE SUBMETIDO À RADIOTERAPIA EM REGIÃO DE CABEÇA E PESCOÇO: RELATO DE CASO CLÍNICO NA VIVENCIA DA MONITORIA DE INICIAÇÃO DOCENTE.

Autores

  • Thiago Vasconcelos Melo
  • Denise Hélen Imaculada Pereira de Oliveira, Marcelo Bonifácio da Silva Sampieri
  • Filipe Nobre Chaves

Resumo

O tratamento do câncer de cabeça e pescoço depende da idade do paciente, presença de morbidades, tamanho do tumor, localização, grau, estágio, presença de linfonodos afetados e de metástases, e inclui cirurgia, radioterapia e quimioterapia, combinadas ou separadamente. As complicações bucais da radioterapia em região de cabeça e pescoço são amplamente conhecidas, tais como, mucosite, xerostomia, disgeusia, trismo, cárie de radiação e osteorradionecrose. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de acompanhamento pós-radioterápico de um paciente do sexo masculino, 73 anos, com histórico de carcinoma mucoepidermóide intraoral em região de palato duro, submetido a tratamento oncológico cirúrgico e complementar com radioterapia e quimioterapia no Instituto do Câncer do Ceará (ICC), e que realiza acompanhamento e tratamento odontológico na atividade prática da disciplina de Métodos de Diagnóstico do curso de Odontologia da UFC campus Sobral. Buscamos ressaltar com esse trabalho a prevenção ou redução da incidência e severidade dessas complicações são fundamentais para a manutenção da saúde bucal, tendo o dentista um papel primordial antes participante da equipe multidisciplinar no tratamento do câncer bucal, durante e após a radioterapia. Para discussão buscou-se realizar um levantamento bibliográfico na base de dados Pubmed, utilizando os descritores “Xerostomia”, “radiotherapy” and “dental caries”, sendo selecionados artigos na língua inglesa, nos últimos 10 anos. A fase pós tratamento é a fase em que o cirurgião-dentista mais recebe os pacientes, e muitas vezes, sem que tenham recebido acompanhamento por um dentista na fase inicial ou durante o tratamento oncológico. Neste momento, o foco continua sendo a manutenção da saúde bucal, porém pode-se pensar em reabilitação oral. Todavia, o cirurgião-dentista deve estar ciente dos efeitos crônicos que o tratamento oncológico pode ocasionar nos tecidos bucais para prevenir complicações tardias.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Iniciação à Docência – PROGRAD