DESIGUALDADE SALARIAL ENTRE HOMENS E MULHERES NO BRASIL
Resumo
Este estudo teve como objetivo principal verificar se o sexo do indivíduo é fator determinante na formação de salários no Brasil. A análise desenvolvida teve como base os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do ano de 2015, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi desenvolvido um modelo com uma variável dummy referente ao sexo do trabalhador para avaliar se esta variável é relevante para explicar a formação de salários, ou seja, se existe uma diferença significativa na remuneração de homens e mulheres. Como variável dependente, foi escolhido o logaritmo natural da renda mensal do trabalho principal. Foram consideradas como variáveis explicativas: educação (anos de estudo), experiência (diferença entre a idade do indivíduo e a idade que começou a trabalhar), sexo (mulher), cor (negro), posição na ocupação (funcionário público e sem carteira assinada) e região onde o indivíduo reside/trabalha (Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste). Nos resultados, o valor do coeficiente referente à variável gênero foi significantemente alto. Essa estimativa mostrou que o simples fato do indivíduo ser do sexo feminino reduz o salário, ceteris paribus, em aproximadamente 27,28%. Também buscou-se verificar se a influência da variável educação seria superior à da variável gênero. Como resultado, encontramos que o fator gênero tem um efeito maior do que a educação sobre a formação salarial dos indivíduos (incremento na renda de aproximadamente 8,34% por ano de escolaridade, tudo o mais mantido constante), o que já era esperado. Isto mostra que, apesar de o Brasil já ter avançado muito neste sentido, ainda há um longo caminho a percorrer para se atingir a igualdade entre os gêneros.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
Encontro de Iniciação à Docência – PROGRAD
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