ANÁLISE DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PACIENTE COM PAQUIMENINGITE HIPERTRÓFICA IDIOPÁTICA - RELATO DE CASO
Resumo
Introdução: Paquimeningite Hipertrófica (PH) é uma doença inflamatória crônica rara, que se caracteriza por espessamento da dura-máter, frequentemente secundária a infecções, carcinomatose e doenças inflamatórias. Os sintomas mais comuns são cefaleia e neuropatia. O estudo histopatológico é fundamental para o diagnóstico, e tem-se na Ressonância Magnética (RNM) de crânio auxílio na confirmação diagnóstica e no acompanhamento clínico. Apresentação do caso: Sexo masculino, 54 anos, previamente hígido, apresentou episódios intermitentes de cefaleia hemicraniana à esquerda, sem aparente fator desencadeante e em caráter de pulsação. Após 4 meses, evoluiu com comprometimento visual e déficit auditivo ambos à esquerda. Passados 2 meses, realizou craniotomia para biópsia das meninges, confirmando-se diagnóstico de PH Idiopática. Realizou RNM de crânio, sendo percebido espessamento linear da dura-máter, a qual apresentou-se hiperintensa em ponderação T1, notadamente nos lobos temporais, o que confirmou o diagnóstico. Discussão: Na RNM, a PHI apresenta um espessamento linear da dura-máter ou nodular que se mostra isointensa ou hipointensa nas sequências, enfatizando-se T2, dependendo do grau de fibrose e da inflamação, com realce intenso após administração de gadolíneo. Tal fato contrasta com o caso em questão, uma vez que o espessamento foi melhor visualizado em ponderação T1 de forma hiperintensa. A perda visual associada não é incomum, entretanto no paciente analisado não foi possível especificar a causa, contudo, esteve presente o sintoma de cefaleia, bem como neuropatia que pôde ser evidenciada com a perda auditiva à esquerda. Conclusão: Em face da raridade do quadro, demandam-se mais estudos, sobretudo no que tange ao detalhamento dos achados radiológicos, a fim de um diagnóstico precoce. O acompanhamento pela RNM, devido à sua importância na determinação do prognóstico do paciente, ganha destaque no ambiente médico na decisão terapêutica mais adequada em cada casoPublicado
2019-01-01
Edição
Seção
Encontro de Extensão – PREX
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