PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA CONCOMITANTE À SIRINGOMIELIA: RELATO DE CASO

Autores

  • Matheus Brasil Câmara Monteiro
  • Joaquim Francisco Cavalcante Neto, Gabriel de Lucas Peres, Jamine Yslailla Vasconcelos Rodrigues, Espartaco Moraes Lima Ribeiro
  • Paulo Roberto Lacerda Leal

Resumo

Introdução: A Paralisia Periódica Hipocalêmica (PPhipo) é uma canalopatia que pode estar associada a fatores genéticos e hormonais. Afeta 1/100.000 pessoas no mundo e é mais prevalente no sexo masculino. Apresentação do caso: Sexo feminino, 18 anos, previamente hígida, paciente relata hiperalgesia e paresia progressiva em MIE, evoluindo para MID e MMSS em um dia, com náuseas e vômitos associados ao quadro. Houve resolução espontânea do caso em 4 dias. Não houve alterações significativas no exame físico. Nega traumas, dispneia ou febre e relata que quadro semelhante ocorreu um mês antes. Realizado no primeiro dia de aparição dos sintomas, o hemograma evidenciou nível de K+ de 1,9 mEq/L (VR: 3,5 – 5,5). Na Ressonância Magnética (RNM) de Coluna, observou-se lesão expansiva medular compatível com Siringomielia de localização entre vértebras C5-C7. Discussão: A paciente apresentou sinais correspondentes com PPhipo, além de nível sérico reduzido de K+ e história semelhante 1 mês anteriormente com regressão espontânea dos sintomas. Alguns achados, entretanto, são incomuns, como paresia com evolução progressiva e duração do quadro de 4 dias. Ademais, houve apresentação de Siringomielia entre C5-C7, sem aparente correlação com o caso. A fisiopatologia desta condição não é bem conhecida: há uma relação com tecidos hiperexcitáveis, porém, os mecanismos de compensação não são entendidos, já que os pacientes se encontram em estado normal na maior parte do tempo; tal apresentação dificulta o tratamento eficaz da causa. Comentários finais: Não existe um tratamento para tal condição, e sim métodos de controle das crises, e isso se dá pelo fato de que os mecanismos patológicos da doença não são bem definidos. Logo é de suma importância entender os mecanismos fisiológicos atrelados a essa situação e as causas da doença, para que seja feito um tratamento.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Extensão – PREX