MATILDE CAMPILHO E A ESCRITA CONTEMPORÂNEA

Autores

  • Giuliano Vitor de Lacerda Marques
  • Giuliano Vítor de Lacerda Marques
  • Cid Ottoni Bylaardt

Resumo

Título: Matilde Campilho e a escrita contemporânea RESUMO: Muito se tem escrito sobre a poesia contemporânea, apontando-lhe ou a alienação, ou o excesso de real, ou sua indefinição genérica, ou a ausência de limites entre o real e a ficção, ou o engajamento, enfim, sua dispersão, errância, indeterminação, hibridismo. Este projeto pretende analisar acerca da poética contemporânea de Matilde Campilho a partir da enunciação, revelando os jogos em que as palavras se encenam, ou seja, sua ambígua relação com o real. Suas características podem ser vistas a partir das potencialidades que surgem nos poemas da autora, entre estas estão os poemas que se desenvolvem a partir de micronarrativas, a enumeração de fatos cotidianos, a mistura entre diferentes áreas do saber - discurso científico, poético, econômico, biológico, químico, geográfico – entre outras marcas que demostram a potencialidade poética de Matilde Campilho. Nas obras escolhidas para embasar esse estudo, como Foucault, Pelbart e Blanchot, revela-se a força da palavra literária, que tende cada vez mais a escapar das convenções e das leis da linguagem racional retilínea, para construir o sujeito literário e testemunhar, com o saber da escrita, o que não pode ser dito: o limite da linguagem, seu vazio e a sua desrazão. A micronarrativa, ou nanonarrativa, é um dos principais traços que compõe os textos da autora. Seu efeito de verossimilhança com o real e a velocidade cotidiana corresponde com a velocidade maquinal do século XXI.

Publicado

2017-05-31

Edição

Seção

XXXV Encontro de Iniciação Científica