DESCOLORAÇÃO DENTINÁRIA PROPORCIONADA POR CIMENTOS OBTURADORES ENDODÔNTICOS

Autores

  • Ana Débora Soares de Vasconcelos
  • Lívia Maria Barbosa de Souza, Rayssa de Fatima Lopes Arruda Carneiro, Alrieta Henrique Teixeira, Bruno Carvalho de Sousa
  • Bruno Carvalho de Vasconcelos

Resumo

O presente estudo teve como objetivo avaliar a alteração de cor (ΔE) proporcionada pelos cimentos obturadores endodônticos Endofill (EF), Sealer 26 (S26) e MTA Fillapex (MTAF); ainda, avaliar a influência do emprego ou não da agitação ultrassônica (AUS) neste escurecimento. Sessenta blocos de dentina de dentes bovinos foram preparados e tiveram cavidades circulares realizadas em suas faces palatinas de modo a manter um remanescente de 2,0 mm de espessura. Finalizado o preparo os mesmos foram divididos em 6 grupos em função dos cimentos/tratamento (n=10). Quando empregada, a AUS foi realizada com inserto ultrassônico liso acoplado a aparelho piezoelétrico. A cor foi mensurada por meio de um espectofotômetro Vita Easyshade após a inserção dos cimentos e restauração das cavidades nos tempos: após a restauração (T0); 7 dias (T1); 30 dias (T2); 60 dias (T3); 90 dias (T4) e após 180 dias (T5). Ao longo do período experimental os espécimes permaneceram imersos em recipientes contendo 2 mL de solução salina que por sua vez foram mantidos em estufa a 37oC. A análise estatística foi realizada pelos testes de Kruskal-Wallis e de Dunn ambos com significância estabelecida em 5%. Observou-se aos 7 e 30 dias que apenas o grupo EF sem AUS apresentou ΔE >3,7, referência para alterações perceptíveis clinicamente, apresentando diferença significante aos 7 dias (P < 0,05). Diferenças significantes foram observadas ao longo do período experimental em todos os outros grupos (P < 0,05), tendo sido observada ainda descoloração dentinária perceptível independente da AUS. Em função do exposto pode-se concluir que, apesar de inicialmente apenas o EF ter apresentado variação de cor perceptível, ao final do período experimental todos os materiais em teste produziram escurecimento. Ainda, que a AUS não teve interferência significativa nos efeitos da ΔE dos cimentos analisados.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Iniciação Científica – PRPPG