UMA VISÃO POLÍTICA A PARTIR DA TEORIA FREUDIANA: REFLEXÃO SOBRE A RELAÇÃO SUJEITO E SOCIEDADE

Autores

  • Benedita Nadia Silva Pereira
  • NULL
  • Henrique Riedel Nunes

Resumo

INTRODUÇÃO: A presente pesquisa se propõe realizar uma reflexão a cerca da política a partir da teoria freudiana, visto que a política pode ser entendida como um modo civilizatório de lidar com o mal estar na cultura. Sabemos que o pensamento psicanalítico analisa as problemáticas do convívio social em diferentes culturas sob uma perspectiva estrutural. OBJETIVO: Despertar um olhar reflexivo sobre a importância da política para a relação do sujeito em sociedade, enfatizando que a política diz respeito à vida coletiva de grupos para organizá-los. MÉTODO: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Scielo com descritores “política em Freud” além da obra “Freud apolítico” de Pommier (1989). RESULTADOS: A psicanálise menciona que a pulsão de morte proposta por Freud refere que a relação de ódio não vem da vida sexual, mas ela é uma luta do Eu como uma tentativa de conservação de uma afirmação. Segundo Freud o Eu busca conformar-se com os modelos representados pelo o ideal do eu, por identificações. O Eu é fruto do narcisismo, processo no qual a instância egóica se constitui tendo como referência um outro. A vida social para Freud só foi possível devido à repressão das pulsões sexuais, isso porque o sujeito é colocado em uma condição de necessidade de romper com o que o limita a realizar a satisfação do prazer, gerando assim sintomas e distanciamento social. CONCLUSÃO: Foi possível compreender que a psicanálise entende a relação do indivíduo em sociedade como uma expressão dos mecanismos psíquicos, ou seja, o sujeito, lidando com sua falta, manifesta condições objetivas constitutivas e constituintes da própria cultura, de modo que, a coletividade acaba sendo uma formação do inconsciente.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Iniciação Científica – PRPPG