ANÁLISE DAS VARIAÇÕES ANATÔMICAS DAS ARTÉRIAS CIRCUNFLEXAS FEMORAIS LATERAIS EM CADÁVERES DO LABORATÓRIO DE ANATOMIA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - CAMPUS DE SOBRAL

Autores

  • Pedro Henrique Duarte Moreira
  • Eladio Pessoa de Andrade Filho, Daniel Hardy Melo, Gisele Lima Oliveira Medeiros, Raimundo Nonato Lira Pompeu de Saboya
  • Carolina da Silva Carvalho

Resumo

INTRODUÇÃO: A artéria circunflexa femoral lateral (ACFL) tipicamente emerge da artéria femoral profunda (AFP) em cerca de 77-81% dos casos, emitindo três ramos: ascendente, transverso e descendente. O suprimento sanguíneo da região proximal do fêmur e dos músculos tensor da fáscia lata, vasto lateral e reto femoral dependem da ACFL. O conhecimento das variações anatômicas envolvendo a ACFL e de seus ramos é de suma importância em procedimentos clínico-cirúrgicos realizados na região femoral e na substituição do quadril (artroplastia). Atualmente, a abordagem anterior direta (AAD) tem sido amplamente utilizada na artroplastia total do quadril, sendo considerada uma técnica minimamente invasiva. A referida técnica possibilita ao cirurgião a identificação e ligadura da ACFL. Contudo, variações anatômicas da ACFL podem dificultar a dissecção cirúrgica superficial no acesso anterior. Com base nessas informações, o objetivo do presente estudo é avaliar o padrão de variações anatômicas da ACFL direita e esquerda e de seus principais ramos em cadáveres do Laboratório de Anatomia Humana da Universidade Federal do Ceará, Campus Sobral. METODOLOGIA: Foram selecionados 2 cadáveres do sexo masculino, de acordo com o melhor estado de preservação vascular. As medidas da distância entre a origem da ACFL e a emissão dos seus ramos foram computadas. RESULTADOS E DISCUSSÕES: No cadáver 1, a ACFL direita e esquerda originaram-se diretamente da AFP. No cadáver 2 constatou-se que a ACFL esquerda emergiu da artéria femoral (AF), apresentando uma bifurcação do ramo descendente e a presença de um ramo ântero-medial atípico, enquanto que a ACFL direita originou-se da AFP. Estudos recentes descreveram que a ACFL se origina da AF em apenas 8-19% dos casos. CONCLUSÃO: O entendimento do padrão de origem da ACFL e de sua ramificação é de suma importância aos discentes do Curso de Medicina, solidificando os conhecimentos anátomo-clínicos e os aspectos relevantes de cirurgias ortopédicas.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Iniciação à Docência – PROGRAD