UMA ANÁLISE DAS ALFORRIAS DE ESCRAVIZADOS NO CARIRI CEARENSE DE 1871 A 1884

Autores

  • Francisca Sayure Saldanha
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  • Ana Sara Ribeiro Parente Cortez Irffi

Resumo

A escravidão no Ceará foi realidade desde a colonização. A mão-de-obra escravizada era utilizada na agricultura e na pecuária, principalmente. Por outro lado, deve-se ressaltar que a província do Ceará foi pioneira na abolição da escravidão no Brasil, fato ocorrido no ano de 1884, 4 anos antes da promulgação da Lei Áurea. Por esse fato passou a ser chamado de "Terra da Luz". O movimento de libertação foi ocasionado pelo surgimento de entidades abolicionistas que eram encabeçadas por uma classe média emergente que fazia campanhas e arrecadava fundos além de algumas vezes promover e ajudar a libertação de cativos. Além da participação da classe média que tinha interesses na alteração do tipo de trabalho, a população também atuou no processo de libertação, com alforrias condicionadas ao tempo de vida do senhor. De outra parte, os escravizados também participaram de ações em prol de sua liberdade, muitas vezes por meio de fugas ou outras formas de protesto, mas também negociando sua alforria com seus senhores. Este trabalho busca analisar os tipos de alforria acessadas por senhores e escravos na Província do Ceará o período que vai do ano de 1871 (ano em que foi promulgada a Lei do Ventre Livre) até o ano de 1884. Foram utilizados dados referentes aos documentos do Quadro Demonstrativo do movimento da população escrava nos municípios de Barbalha e Missão Velha, Crato e Jardim, região sul do Ceará. Nessa pesquisa, se procurou analisar o perfil dos escravos libertos como a idade, o sexo e o local em que eram empregados. Assim, verificou-se um aumento no número de escravos libertos nesse período e também pôde-se saber por meio da análise desses dados os meios pelos quais esses escravos foram libertos.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Iniciação à Docência – PROGRAD