A IMPORTÂNCIA DE UM IMAGINÁRIO BEM DESENVOLVIDO
Resumo
O Índice Nacional de Analfabetismo Funcional (INAF), desenvolvido e realizado pela Organização não-governamental (ONG) Ação Educativa e pelo Instituto Paulo Montenegro, vem desde 2001 mapeando as habilidades cognitivas da população brasileira entre 15 e 64 anos. A metodologia utilizada no INAF define Alfabetismo como: “a capacidade de compreender e utilizar a informação escrita e refletir sobre ela, um contínuo que abrange desde o simples reconhecimento de elementos da linguagem escrita e dos números até operações cognitivas mais complexas, que envolvem a integração de informações textuais e dessas com os conhecimentos e as visões de mundo aportados pelo leitor”. Em sua edição de 2018, o relatório preliminar do INAF apresenta um dado alarmante: apenas 34% dos participantes de nível superior (concluído ou não) alcançaram o nível Proficiente. Ou seja, segundo o INAF, dois terços da população brasileira com escolaridade de nível superior (concluída ou não) não possuem arcabouço cognitivo compatível com seu grau de instrução. Ora, um alfabetismo parcial ou limitado é denominado de analfabetismo funcional e nas palavras de Northrop Frye: “Onde quer que o analfabetismo seja um problema, é um problema tão grave quanto a falta de alimento ou a falta de abrigo. A língua nativa tem precedência sobre quaisquer outros objetos de estudo: nada se compara a ela em utilidade”. O objetivo do trabalho proposto é expor a íntima relação entre o analfabetismo funcional nos seus diversos graus à falta de cultura literária, levando ao atrofiamento do imaginário e, consequentemente, à limitação cognitiva.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
Encontro de Extensão – PREX
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