ALIANÇAS EM FOCO, ESCUTAR A PRECARIEDADE OU ESCUTAR A PARTIR DA PRECARIEDADE?
Resumo
Aliançar, o ato de produzir alianças. Judith Butler fala que a morte, a precariedade seria aquilo pelo qual estamos todos no mesmo jogo, de formas desigualmentes precárias, o do viver. O espaço da escola como contexto de produção, de números, de mercado de trabalho, de silenciamentos, um espaço de tempo desigual, que não sobra tempo para outra conversas, como pensar a dimensão da precariedade que não é discutida em sala? Como pensar em uma fala que fuja dos padrões institucionais, na qual a gestão escolar que escuta esse sofrimento é obrigada a terceirizar certos tipos demanda, “isso não é questão da escola, é de polícia”. O trabalho da extensão Travessias propõe justamente esse espaço de conversas intitulado “Temas da Margem”, trabalhando a partir dos interesses dos alunos diversos temas, como: sexualidade, gênero, depressão, feminismo. Com o objetivo de fazer circular a palavra entre os integrantes do grupo e promover discussões que são deixadas de fora diante das metas escolares. Utilizando os diários de campo produzidos pelas extensionistas e relacionando-os com a arte da escuta e a precariedade, tecemos uma hipótese sobre como a precariedade pode nos servir para o trabalho em psicologia. O espaço político, segundo Butler é o espaço do “ entre pessoas”, onde há trocas e fluxo, na qual as pessoas subvertem o espaço, diante do espaço escolar que limita as condições de fala e escuta, escutar a precariedade do outro pode produzir alianças?Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
Encontro de Extensão – PREX
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