A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E OS IMPACTOS DA COVID-19 EM COMUNIDADES INDÍGENAS DA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA, CEARÁ.

Autores

  • Francisco Samuel Nobre Ramos
  • Edson Vicente da Silva
  • Giovanna de Castro Silva
  • Carlos Henrique Sopchaki

Resumo

A Educação ambiental desempenha importante papel no desenvolvimento de indivíduos ecologicamente conscientes. Desta forma, é perceptível que em um mundo cada vez mais globalizado, torna-se necessário um debate profundo sobre o ensino e a renovação das metodologias da educação ambiental, para que desta forma, esta venha a atingir os mais diversos atores da sociedade contemporânea. Apesar das rápidas transformações vivenciadas nas últimas décadas, as desigualdades ainda são pujantes e crescem exponencialmente quando observadas a partir da ótica dos grupos minoritários, em especial os povos indígenas. A pandemia de COVID-19 observada no ano de 2020 evidenciou o abismo socioeconômico existente na sociedade brasileira. A educação despontou como uma das áreas mais afetadas, pois não havia infraestrutura suficiente para levar a sala de aula para o ambiente virtual. Desta forma, a discussão da Educação Ambiental (EA) precisou se renovar. Os povos Indígenas Pitaguary e Anacé habitam a Região Metropolitana de Fortaleza, e permeiam estreita relação com a universidade e o meio acadêmico. Este trabalho teve como objetivo analisar os impactos da pandemia de COVID-19 nas comunidades indígenas Pitaguary e Anacé, e como esta afetou a discussão da educação ambiental a partir do momento em que o debate se transfere do ambiente físico para o virtual. A metodologia utilizada foi embasada no desenvolvimento de discussões por meio de plataformas virtuais com representantes das comunidades indígenas, e representantes da academia. Assim, observou-se que a EA tornou-se desafiadora em um ambiente virtual, onde poucos indivíduos do público alvo possuíam acesso às infraestruturas básicas para o ensino EAD. Apesar das comodidades proporcionadas pelo ensino remoto, por meio do uso de ferramentas como fóruns e videoconferências. O não acesso a infraestrutura básica de Internet, computador, notebooks ou smartphones, acabaram por excluir da discussão da EA, os sujeitos mais vulneráveis.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Extensão