ANEMIA CARENCIAL ENTRE OS ACADÊMICOS DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA A PACIENTES COM HEMOGLOBINOPATIAS E DOENÇAS ONCOHEMATOLÓGICAS - FF00.2011.PJ.0964)

Autores

  • Maria Leticia Nobre Assuncao
  • Suzzy Maria Carvalho Dantas
  • Rosângela Pinheiro Gonçalves Machado
  • Anna Thawanny Gadelha Moura
  • Luan Rebouças Castelo
  • Romelia Pinheiro Goncalves Lemes

Resumo

A anemia é uma condição clínica que, segundo a OMS, afeta mais de um terço da população mundial, sendo a anemia carencial a principal responsável por esse percentual. Por ser uma doença muitas vezes assintomática e de curso lento, a anemia carencial pode não ser detectada em tempo hábil e acabar levando a consequências graves como comprometimento cognitivo, de crescimento e função de órgãos. Uma das causas da anemia carencial, é a alimentação inadequada, que, com o cotidiano caótico e acelerado da atualidade, tem se agravado também entre os jovens adultos, apesar de esse tipo de anemia atingir majoritariamente crianças, gestantes e idosos. Nota-se então a necessidade do acompanhamento também dessa parcela da população. O estudo visou levantar dados que indicassem fatores agravantes para a anemia carencial entre os acadêmicos do curso de Farmácia da Universidade Federal do Ceará. Durante o segundo semestre de 2020, foi solicitado aos graduandos de Farmácia que respondessem um questionário via Google Forms para que fossem levantados dados como: frequência da ingestão de alimentos ricos em ferro e ácido fólico, histórico de anemia, problemas de concentração e frequência de indisposição e cansaço. Responderam ao questionário 71 estudantes com idades entre 18 e 35 anos. 87,3% dos acadêmicos relataram consumir constantemente alimentos ricos em ferro e 47,9% relataram ingerir as vezes alimentos ricos em ácido fólico. 26,8% revelaram ter ou já ter tido anemia ao longo da vida e 74,6% dos indivíduos relataram dificuldade de concentração em atividades como ler e assistir aulas. Quando questionados sobre a frequência da sensação de indisposição e cansaço, 21,1% revelaram se sentirem constantemente indispostos. Pode-se concluir que a anemia é um problema de saúde pública, cuja atenção é requerida também entre a comunidade acadêmica, e deve ser investigada a fim de evitar um diagnóstico tardio e um consequente prejuízo para a vida dos estudantes.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Extensão