FEIRAS MÓVEIS: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA COMPARATIVA COM AS FEIRAS MEDIEVAIS

Autores

  • Victor Alves Magalhães Universidade Federal do Ceará
  • Kilvia Souza Ferreira Universidade Federal do Ceará
  • Lara Capelo Cavalcante Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.32356/exta.v2.n14.30977

Resumo

A pesquisa tem por objetivo fazer uma investigação etnográfica sobre o ethos de trabalho do feirante, tecendo, ao mesmo tempo, comparações e abordagens sobre esse comércio de rua ao longo da história, analisando os motivos pelos quais esses ambientes informais constituem um traço essencial e constantemente presente na formação das cidades. O campo empírico de incidência da pesquisa parte do olhar que os feirantes constroem sobre o seu meio de trabalho durante os vários anos de vivência na feira. A pesquisa de campo, na tentativa de captar a visão nativa (MALINOWSKI, 1978) dos feirantes, foi essencial no desenvolvimento da pesquisa etnográfica. Segundo Mariza Peirano (2014), esse processo ocorre por meio de formulações teórico-etnográficas, que consideram a comunicação no contexto da situação, transformam a experiência em texto e detectam a eficácia social das ações de forma analítica. Os resultados encontrados mostram que as feiras representam não apenas o meio de vida e trabalho dos feirantes, mas são, antes de tudo, partes daquelas pessoas que as compõem, traduzindo um estilo de vida não marginal, mas sim complementar dos nichos de procura dos fregueses que não encontram parte do que desejam (e precisam) consumir em lojas e supermercados, sendo tal aspecto um fato presente tanto na Idade Média como na atualidade e um dos principais motivos desses ambientes existirem há vários séculos

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Publicado

2017-12-26