AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL DE RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS COM DISPLASIA BRONCOPULMONAR.

Autores

  • Ana Karine Fontenele de Almeida Maternidade Escola Assis Chateubriand
  • Elisete Mendes Carvalho Maternidade Escola Assis Chateubriand
  • Fabiane Elpídio de Sá Universidade Federal do Ceará
  • Lêda Maria da Costa Pinheiro Frota Universidade de Fortaleza

Palavras-chave:

prematuro, displasia broncopulmonar, desenvolvimento infantil

Resumo

Objetivo: Descrever a avaliação comportamental de recém-nascidos pré-termo com displasia broncopulmonar. Métodos: Estudo transversal de recém-nascidos prematuros com peso ao nascer menor que 1500g e idade gestacional inferior a 32 semanas da Maternidade Escola Assis Chateubriand da Universidade Federal do Ceará. Utilizou-se o método proposto por Dubowitz e Dubowitz com análise dos 7 itens comportamentais. O estado de consciência do recém-nascido foi graduado segundo Brazelton (1973). Todos os neonatos foram avaliados pela mesma examinadora em um ambiente adequado. Para análise estatística, utilizaram-se o SPSS versão 17.0 e o teste qui-quadrado para o cruzamento de variáveis qualitativas. Resultados: Foram analisados 10 recém-nascidos prematuros com Displasia Broncopulmonar no período de fevereiro a dezembro de 2011 com idade gestacional ao nascer de 29,2±1,87 semanas e peso de nascimento de 1000±231g. Dos 7 itens avaliados, observou-se maior tendência a anormalidades em três. A orientação visual e auditiva dos neonatos avaliados mostrou-se abaixo dos resultados esperados para a idade corrigida de 40 semanas. Os achados das variáveis; irritabilidade e consolabilidade tiveram maior incidência de anormalidades nos recém-nascidos com DBP, sendo observado o choro persistente e de difícil regulação. Conclusão: A avaliação comportamental dos recém-nascidos pré-termo com displasia broncopulmonar evidenciou uma tendência à anormalidade. Tais resultados reforçam a importância de se inserir a avalição comportamental nos recém- nascidos de risco e com displasia broncopulmonar, como componente indissociável do cuidado da equipe de saúde, visto que tal enfermidade interfere no desenvolvimento neuropsicomotor e na qualidade de vida desse grupo de crianças.

Biografia do Autor

Ana Karine Fontenele de Almeida, Maternidade Escola Assis Chateubriand

Fisioterapeuta graduada pela Universidade de Fortaleza, possui residência em Saúde da Mulher e da Criança pela Universidade Federal do Ceará, especialista em Desenvolvimento Infantil pela UFC.

Elisete Mendes Carvalho, Maternidade Escola Assis Chateubriand

Possui graduação em Fisioterapia e Especialização em Fisioterapia Cardio-Respiratoria pela UNIFOR, Especialização em Rede de Gestão do Cuidado ao Paciente Crítico pelo Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa, Mestrado e Doutorado em Farmacologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Atualmente coordena o Serviço de Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia dos Hospitais Universitários da Universidade Federal do Ceará (HUWC/MEAC-UFC), sendo também Coordenadora Didático-Pedagógica da Residência Integrada Multiprofissional em Atenção Hospitalar à Saude na área de Concentração de Saúde da Mulher e da Criança. Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará, Fisioterapeuta da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da MEAC-UFC. Docente e Preceptora da Residência Integrada Multiprofissional em Atenção Hospitalar à Saúde na área de Concentração de Saúde da Mulher e da Criança. Fisioterapeuta da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto Dr. José Frota (IJF). Professora Assistente do Curso de Gradação em Fisioterapia da UNIFOR das disciplinas Estagio Supervisionado Hospitalar em Fisioterapia e Trabalho de Conclusão de Curso. Docente do Curso de Especialização em Fisioterapia Cardiovascular e Pneumofuncional e do Curso de Especialização em Fisioterapia na Unidade de Terapia Intensiva nos modulos: Fisioterapia Pneumofuncional em Pediatria e Neonatologia, Ventilação Mecanica em Condições Clinicas Especiais e Suporte Ventilatorio Mecanico Invasivo e Não-Invasivo em Pediatria e Neonatologia ambos promovidos pela UNIFOR. Tem experiência na área de Fisioterapia com ênfase em Fisioterapia Cardio-Respiratória, atuando principalmente nos seguintes temas: Assistencia Fisioterapeutica no Periodo Neonatal, Pediatrico e Adulto.

Fabiane Elpídio de Sá, Universidade Federal do Ceará

Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (1994). Atualmente é professor assistente - curso de fisioterapia da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência na área de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, com ênfase em Fisioterapia Neonatal, atuando principalmente nos seguintes temas: recém-nascido de baixo peso, prematuridade, humanização, método mãe canguru e manuseio do recém nascido, desenvolvimento infantil, educação comparada e saúde coletiva. Doutoranda em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará - Eixo de pesquisa: Família, Sexualidade e Educação.

Lêda Maria da Costa Pinheiro Frota, Universidade de Fortaleza

possui graduação em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (1985) , especialização em Tratamento Precoce da Paralisia Cerebral - Método Evolutivo Neuropsicomotor pelo Instituto Brasileiro de Reeducação Motora (1988) e mestrado-profissionalizante em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Estadual do Ceará (2002) . Atualmente é professor auxiliar da Universidade de Fortaleza, Professor auxiliar da Universidade de Fortaleza e Fisioterapeuta do Núcleo de Tratamento e Estimulação Precoce. Tem experiência na área de Fisioterapia e Terapia Ocupacional , com ênfase em Fisioterapia Motora. Atuando principalmente nos seguintes temas: Neuropsicomotricidade, Experiências Maternas, Relacionamento Mãe-Filho.

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Publicado

2014-12-30

Edição

v. 3 n. 2 (2014): Revista Fisioterapia e Saúde Funcional

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS

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