O BATÓLITO QUIXADÁ – PETROLOGIA E GEOQUÍMICA

Autores

  • Afonso Rodrigues Almeida
  • Horstpeter H. G. J. Ulbrich Ulbrich
  • Ian McReath McReath

Resumo

O batólito Quixadá, situado na porção central do Estado do Ceará, distante cerca de 160 Km a sudoeste de Fortaleza, constitui a porção setentrional do Complexo Granítico Ouixadá-Quixeramobim. O batólito, exibe uma área aflorante com forma de pêra de cerca de 260 Km2 e está constituido por uma suite monzonítica, composta por dioritos, monzonitos (dominantes) e sienitos, todos porfiríticos, com megacristais de plagioclásio e feldspatos potássicos imersos em uma matriz de cor preta esverdeada, granulação média a grossa, composta essencialmente por anfibólios e biotita. Os dioritos ocorrem principalmente na forma de encraves elipsoidais e diques sinplutônicos Sua forma diapírica é ressaltada pelas foliaçôes internas que são paralelas aos contatos e às foliações externas, formando na sua porção norte, um trend circular, indicando um processo de baloneamento. Seus litotipos são essencialmente intermediários e metaluminosos, ricos em álcalis, MgO (K20/MgO 1), CaO Sr, Ba, e ETRL, caracterizando-os como uma suíte shoshonítica anorogênica. A ocorrência universal de encraves microgranulares e diques sinplutônicos descontinuos, sugere que o mecanismo de mistura de magmas foi de primordial importância na geração deste batólito. Em Quixadá parece não haver a participação de magmas crustais. Os altos teores de Sr, Ba e ETRL, com anomalias de Eu ausentes e baixos teores de ETRP, sugerem que os magmas mantélicos
são o resultado da fusão de um manto litosférico metassomatisado enriquecido em ETRL, controlada principalmente por hornblenda e flogopita. Os magmas potássicos leves, cujas fusões foram controladas
por flogopitas, parecem ter sido os primeiros a invadirem a crosta, seguidos e inundados imediatamente por magmas mais magnesíanos, cujas fusões foram controladas principalmente por hornblenda.

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