Himenópteros e a Bacia do Araripe

Autores

  • Gabriela Karine Rocha de Carvalho
  • Maria Helena Hessel
  • Andrea Limaverde de Araújo

Resumo

O presente trabalho sintetiza a ocorrência fossilífera das famílias de himenópteros e sua distribuição no tempo geológico e situando as formas aptianas da Bacia do Araripe, nordeste do Brasil, em seu contexo regional e mundial. A presença de himenópteros é rara no Triássico, mas a partir do Jurássico são insetos relativamente comuns. Os himenópteros, ao longo de sua história geológica, são principalmente representados por vespas do grupo dos Apocrita. As formigas surgiram no Hauteriviano e as abelhas, no Campaniano, cerca de 40 milhões de anos depois do surgimento das angiospermas, sugerindo que o registro dos Apidae deve ser mais antigo ou que algumas vespas desempenhavam um papel na polinização das flores. Das 52 famílias de himenópteros ocorrentes no Eocretáceo, 22 foram mencionadas na Sibéria (Rússia), 21 na região da Mongólia (China, Rússia e Cazaquistão) e possivelmente existem 16 na Bacia do Araripe (Brasil), mostrando que são estas as três regiões do mundo com maior potencial para o estudo de himenópteros desta idade. Do Membro Crato da Formação Santana na Bacia do Araripe foram descritas doze espécies de himenópteros, pertencentes a nove famílias, ainda que outras famílias já foram mencionadas, sem que seus representantes tenham sido formalmente descritos. A descrição de exemplares depositados em acervos institucionais e a realização de novas coletas poderão vir a contribuir com mais informações e detalhes relacionados à história geológica dos himenópteros.

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