Hemoparasitas e Detecção de Anticorpos contra Toxoplasma gondii e Neospora caninum em Cães e Gatos no estado de Roraima

Autores

  • Marco Gomes Instituto Federal do Amazonas / IFAM-Campus Lábrea.
  • Paulo Spiller Universidade Federal de Roraima / UFRR- Campus Cauamé.
  • Fernando Paiva Universidade Federal de Roraima / UFRR- Campus Cauamé.
  • Taiã Ribeiro Universidade Federal de Goiás / UFG-Escola de Veterinária e Zootecnia.

Palavras-chave:

epidemiologia, hemoparasitas, neosporose, toxoplasmose.

Resumo

O presente trabalhou teve como objetivo verificar a presença de hemoparasitas e de anticorpos contra Toxoplasma gondii e Neospora caninum em caninos e gatos em municípios do estado de Roraima. Foram avaliadas 61 amostras de pacientes caninos e 32 de pacientes felinos atendidos por clínicas veterinárias do estado de Roraima. As amostras foram submetidas a coloração por panótico rápido com leitura do esfregaço sanguíneo realizado sob microscopia de luz óptica com aumento de 1000x e a detecção de anticorpos anti-T.gondii e anti-N.caninum sendo realizada por meio da reação de imunofluorescência indireta. 62,3% dos cães e 25% dos felinos possuíam hemoparasitas. Em cães foi constatada positividade de 42,11% para Ehrlichia canis, 21,05% para Anaplasma platys, 7,89% para Mycoplasma haemocanis, 15,8% para Babesia spp. e 7,89% para Hepatozoon spp., 2,63% para Trypanosoma spp. e 2,63% para Leishmania spp. Em felinos a positividade verificada foi de 75% para Mycoplasma haemofelis e 25% para inclusões basofílicas sugestivas de agentes riquetsiais. A presença de anticorpos contra Toxoplasma gondii e Neospora caninum foi verificada, respectivamente, em 52,46,% e 63,93% dos cães. Em gatos a presença de anticorpos contra Toxoplasma gondii foi verificada em 65,63% dos animais e contra Neospora caninum em 15,62%. Portanto, foi verificada a presença de hemoparasitas em cães e gatos no estado de Roraima, além da circulação dos patógenos Toxoplasma gondii e Neospora caninum nessas duas espécies. É necessário que os clínicos veterinários possam incluir estes micro-organismos no diagnóstico diferencial de doenças com sinais clínicos compatíveis para hemoparasitoses e infecções por coccídeos.


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Publicado

2019-12-30

Edição

Seção

Medicina Veterinária