Helmintofauna parasitária em gatos errantes de Lages, Santa Catarina, Brasil

Autores

  • Rosiléia Quadros Universidade do Planalto Catarinense)
  • Natascha Trevisani UNOCHAPECÓ.
  • Anderson Moura CAV-UDESC – Lages, SC.
  • Carlos Ramos Universidade Federal da Fronteira Sul

Palavras-chave:

Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Gatos errantes, Helmintos gastrintestinais, Saúde pública.

Resumo

Os gatos são hospedeiros de diversos helmintos que, além da patogenia para os animais, podem representar riscos para a saúde pública uma vez que alguns destes helmintos apresentam potencial zoonótico. De maio de 2012 a dezembro de 2014, 97 gatos errantes, mantidos no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da cidade de Lages, estado de Santa Catarina, vieram á óbito. Na necropsia, pulmão, estômago, vesícula biliar, fígado, intestinos delgado e grosso foram separados e fixados em formaldeído a 10% e encaminhados para o diagnóstico histopatológico (HE). Amostras fecais foram analisadas pelos métodos de sedimentação e flutuação simples. Os helmintos coletados durante a necropsia foram identificados e os nemathelminthes separados por sexo. Foram calculadas a amplitude de infecção, prevalência, abundância e intensidade média. A presença de helmintos foi diagnosticada em 73 (75,26%) dos gatos necropsiados, sendo que somente no intestino delgado foram encontrados parasitos. Foram identificados Toxocara cati, Toxascaris leonina, Ancylostoma tubaeforme, Dipylidium caninum, Spirometra mansonoides e Taenia taeniformis. O nematódeo mais prevalente foi Toxocara cati (49,48%), já D. caninum foi o cestódeo mais identificado em 38,14% dos gatos com amplitude parasitária entre um a 156 espécimes por animal. Nas amostras fecais ovos de Toxocara spp. foram diagnosticados em 30,93% (30/97) e 25,77% (25/97) pelos métodos de sedimentação e flutuação respectivamente; já cápsulas ovígeras de D. caninum foram diagnosticadas em 5,40% (2/37) pelo método se sedimentação. Os demais parasitos apresentaram menor ocorrência. Os resultados deste estudo reforçam a importância de gatos errantes na epidemiologia dos parasitos gastrintestinais e com potencial zoonótico e demonstram que nem sempre as técnicas coproparasitológicas identificam todos os parasitos que estes animais hospedam.


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Publicado

2021-03-31

Edição

Seção

Artigos