Perfil dos pescadores e comercialização de peixes durante a pandemia em Portel, Marajó, Brasil

Autores

  • Marcela Oliveira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA)
  • Julia Moreau 1,2,3,5*Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA)
  • Manoel Quadros Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA)
  • Fabricio Silva Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA)
  • Raoani Mendonça Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA)

Palavras-chave:

Crise, Impacto, Recursos Pesqueiros, Diagnóstico.

Resumo

O objetivo foi analisar o perfil dos pescadores e a comercialização de peixes durante a pandemia (Covid-19) em Portel, Marajó, Brasil. A pesquisa foi de caráter quanti-qualitativa, realizada com 18 pescadores artesanais. Foi utilizado um questionário contendo perguntas abertas e fechadas, abordando questões socioeconômicas e os possíveis efeitos negativos da pandemia na comercialização. Os dados coletados foram analisados pela estatística descritiva. Todos os pescadores são homens, com idade superior a 25 anos. A maioria (83,3%) desenvolvem a pesca há mais de 10 anos e possui mais de 4 pessoas na família (72,2%). Um total de 83,3% faz parte de alguma organização social, pesqueira, e 88,9% são beneficiários de algum programa do governo federal. Pouco mais da metade dos informantes (55,5%), conseguiram desenvolver as atividades de pesca durante a pandemia e não dispensaram nenhuma hora de trabalho, havendo um reajuste nos preços da maior parte do pescado (79%). A produção é destinada somente a comercialização direta ao consumidor e que houve um aumento na procura do pescado (66,6%). Mais da metade (61,1%) tiveram um aumento na renda familiar, apesar de enfrentarem dificuldades para desenvolver a pesca. A maioria (83,3%) não acredita que receberá algum auxílio, por parte do governo. Em conclusão, foi possível conhecer o perfil dos pecadores artesanais e as consequências da pandemia que foram positivas para a maioria. A Covid-19, afetou a classe dos pescadores, seja na sua vida cotidiana, nas atividades pesqueiras, na comercialização dos peixes ou na renda, obtida através dela ou de programas do governo federal.

 

 

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Publicado

2022-03-31

Edição

Seção

Ensino