Biometria testicular como parâmetro seletivo de touros Nelore

Autores

  • Rodrigo Kerst Universidade Estadual de Londrina
  • Daniel Silva Universidade Estadual de Londrina
  • Fernanda Britto Medico Veterinário
  • Wilmar Marçal Universidade Estadual de Londrina

Palavras-chave:

bovinos, circunferência escrotal, testículo.

Resumo

Apesar do Brasil ser o país com o segundo maior rebanho de bovinos do mundo, ainda mostra baixos índices produtivos. Um dos motivos é o déficit de qualidade genética para atender à demanda de reprodutores, sendo praticamente impossível alcançar a eficiência econômica sem qualidade genética. Todavia, apesar dos esforços de técnicos e pesquisadores no sentido de avaliar e identificar touros qualitativamente superiores, algumas dúvidas e desafios permanecem quanto a real capacidade reprodutiva de touros da raça Nelore utilizados a campo. Um dos métodos que pode ser incluído nessa busca pelo aumento da produção bovina de carne, de custo baixo e viável, seria a seleção genética de acordo com a biometria testicular de touros Nelore criados extensivamente. Estudos mostraram correlação genética positiva entre as características de crescimento corporal e a circunferência escrotal. A pesquisa envolveu 47 bovinos machos inteiros, todos da raça Nelore, divididos em dois grupos com idades diferentes. Os animais primeiramente foram pesados, contidos e tiveram suas respectivas circunferências escrotais (CE) aferidas, com o objetivo de padronizar as mensurações testiculares. A média de peso entre os animais do grupo A foi de 391,76 ± 32,1 Kg e a média da CE aferida foi de 28,24 ± 2,3 cm. Já no grupo B, a média do peso entre esses animais foi de 437,04 ± 30,2 Kg e a média da CE aferida foi de 33,01 ± 2,9 cm. O coeficiente de correlação entre peso vivo e CE foi de 0.7625. Logo, houve correlação positiva entre as duas medidas, indicando que parte dos genes envolvidos na expressão dessas características é comum.

Publicado

2017-06-07

Edição

Seção

Artigos