Avaliação microbiológica da água em propriedades rurais produtoras de leite localizadas no Rio Grande do Sul, Brasil

Autores

  • Jaqueline de Bortoli Universidade Federal de Pelotas
  • Mônica Maciel Univates
  • Eduardo Santana Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
  • Claudete Rempel (Univates)

Palavras-chave:

água de abastecimento humano, água de dessedentação animal, coliformes totais, coliformes termotolerantes.

Resumo

O Brasil é privilegiado em relação à disponibilidade hídrica, e mesmo assim, o país enfrenta desafios quanto à conservação, tratamento e distribuição da água. No meio rural é frequente as propriedades não possuírem acesso a redes de abastecimento, interceptando água diretamente de nascentes, poços, comumente sem tratamento e em condições inadequadas ao consumo. O estudo objetivou avaliar a qualidade microbiológica da principal fonte de água utilizada para o abastecimento humano e dessedentação animal em 104 propriedades rurais produtoras de leite na região do Vale do Taquari, Rio Grande do Sul. Amostras de água foram coletadas da principal fonte de ambos os abastecimentos nas propriedades rurais. Para as análises microbiológicas, detecção de coliformes totais e termotolerantes (Escherichia coli), utilizou-se o Kit Básico de Potabilidade Alfakit®. Os resultados obtidos nas análises foram comparados aos valores permitidos e estabelecidos pelas Resoluções (RDC) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) n° 357/2005 (Classe III) e n° 396/2008 (Classe I e III) e Portaria do Ministério da Saúde (MS) n° 2914/2011. As análises revelaram que 62,5% (65) das águas destinadas ao consumo humano e 96,15% (96) das águas de dessedentação animal apresentaram coliformes totais e termotolerantes, 31,7% (33) e 45,2% (47), das águas de consumo humano e animal, respectivamente, apresentaram coliformes termotolerantes (E. coli). Esses resultados mostraram que existe uma porcentagem das fontes de água analisadas nestas propriedades, tanto de dessedentação animal quanto as de consumo humano, que se encontram em condições microbiológicas inadequadas para consumo, quando comparadas às legislações vigentes.

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Publicado

2018-03-30

Edição

Seção

Artigos