TOXICIDADE DO METABISSULFITO DE SÓDIO EM Mysidopsis juniae

Autores

  • Janisi Sales Aragão Doutoranda em Engenharia de Pesca, Universidade Federal do Ceará, Campus do Pici, Fortaleza
  • Caroline Beserra de Castro Bacharel em Ciências Biológicas, Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza
  • Letícia Veras Costa Lotufo Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v41i1.6073

Palavras-chave:

metabissulfito de sódio, toxicidade, Mysidopsis juniae

Resumo

Na carcinicultura, o metabissulfito de sódio é usado para evitar a ocorrência de manchas pretas no camarão logo após a despesca, onde os animais são sacrificados por choque térmico em solução de água, gelo e  metabissulfito de sódio, sendo esta normalmente descartada no corpo receptor. O objetivo desse trabalho foi avaliar a toxicidade do metabissulfito de sódio no teste de toxicidade aguda com Mysidopsis juniae. O valor de CL 50 obtido foi de 38,2 ± 4,7 mg/L. Em seguida, foi avaliada a influência dos procedimentos deneutralização recomendados para esse composto [adição de Ca(OH) 2e/ou aeração] na toxicidade observada. Após 24 horas do preparo e sem aeração, a CL 50do metabissulfito de sódio na ausência de Ca(OH) 2 foi de 36,8 ± 5,6 mg/L e na presença 44,4 ± 3,2 mg/L. Já napresença da aeração, essa toxicidade foi reduzida (CL50 =150,7 ± 8,5mg/L). Quando os tratamentos foram concomitantes, aeração na presença de Ca(OH)2 , não observou-se toxicidade em três dos cinco experimentos realizados. A fim de se avaliar a toxicidade da solução contendo metabissulfito de sódio utilizada na despesca de c amarão, foi realizado o bioensaio com a solução coletada diretamente no tanque de depesca em uma fazenda de cultivo. A CL 50 dessa amostra foi inferior a 6,25%, menor concentração testada. Sendo assim, conclui-se que o M. juniae mostrou-se bastante sensível a esse composto e que o tratamento químico através da adição de Ca(OH) 2na presença de aeração foi eficiente na remoção da toxicidade.

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Publicado

2008-07-01

Edição

Seção

Artigos originais