ANÁLISE DO CRESCIMENTO ALOMÉTRICO NO CARANGUEJO-UÇÁ, Ucides cordatus (DECAPODA:OCYPODIDAE), NO ESTUÁRIO DO RIO COREAÚ, CAMOCIM, CEARÁ

Autores

  • Marcos de Miranda Leão Leite Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará, Av. da Abolição, 3207, Fortaleza, CE 60165-081.
  • Antônio Adauto Fonteles Filho Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará, Av. da Abolição, 3207, Fortaleza, CE 60165-081.
  • José Roberto Feitosa Silva Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará, Av. da Abolição, 3207, Fortaleza, CE 60165-081. e Laboratório de Embriologia e Histologia Animal, Departamento de Biologia, Universidade Federal do Ceará, Campus do Pici, Fortaleza.
  • Nilson de Souza Cardoso Laboratório de Embriologia e Histologia Animal, Departamento de Biologia, Universidade Federal do Ceará, Campus do Pici, Fortaleza

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v39i1-2.6376

Palavras-chave:

caranguejo-uçá, Ucides cordatus, morfometria, crescimento alométrico, maturidade funcional.

Resumo

No presente trabalho são analisados alguns caracteres morfométricos do caranguejo-uçá, Ucides cordatus, com o objetivo de se identificar a ocorrência de maturidade funcional determinada por seu crescimento alométrico. A base de dados consta de 322 exemplares (193 machos e 129 fêmeas) amostrados em campanhas bimestrais no período de janeiro de 2004 a janeiro de 2005, no estuário do Rio Coreaú, Camocim, Estado do Ceará. Considerando a largura do cefalotórax (LC) como variável independente, foram registrados os seguintes parâmetros como variáveis dependentes: (a) ambos os sexos - comprimento do cefalotórax (CC), comprimento do própodo da quela maior (CPQM), largura do própodo da quela maior (LPQM), comprimento do própodo da quela menor (CPQm), largura do própodo da quela menor (LPQm), e comprimento do segundo pereiópodo esquerdo (C2P); (b) machos - comprimento do gonópodo (CG); (c) fêmeas - largura do abdômen à altura do quarto somito (LA). Foram realizadas análises de regressão para avaliar o comportamento das variáveis morfométricas, adotando-se a equação do tipo ln Y= ln A + b ln X. Nos machos, o crescimento relativo caracterizou-se como alométrico positivo em C2P/LC, CPQM/LC, CPQm/LC, LPQM/LC e LPQm/LC; e alométrico negativo em CC/LC e CG/LC. Nas fêmeas, o crescimento relativo caracterizou-se como isométrico nas relações CC/LC, C2P/LC e LA/LC; alométrico positivo em CPQM/LC e CPQm/LC; e alométrico negativo em LPQM/LC e LPQm/LC. A conclusão geral é que a ocorrência de dimorfometria sexual está relacionada com a consecução da maturidade funcional, através de crescimento alométrico positivo no comprimento e largura do própodo das duas quelas, e no comprimento do segundo pereiópodo dos indivíduos machos.

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Publicado

2017-02-06

Edição

Seção

Artigos originais