OCORRÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO ENTRE Phyllorhiza puntacta VON LENDENFELD, 1884 (CNIDARIA: SCYPHOZOA) E PEIXES NA BAÍA DE PARANAGUÁ, ESTADO DO PARANÁ

Autores

  • Mariana Sobolewski Laboratório de Biologia de Peixes, Centro de Estudos do Mar, Universidade Federal do Paraná. Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
  • Karina Broto Rebuli Laboratório de Biologia de Peixes, Centro de Estudos do Mar, Universidade Federal do Paraná.
  • Maria Angélica Haddad Departamento de Zoologia, Universidade Federal do Paraná
  • Henry Louis Spach Laboratório de Biologia de Peixes, Centro de Estudos do Mar, Universidade Federal do Paraná.

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v37i1-2.6443

Palavras-chave:

Carangidae, Monacanthidae, peixes, Phyllorhiza punctata, Scyphozoa, simbiose

Resumo

Muitas espécies de peixes têm sido encontradas associadas a objetos flutuantes. Existem algumas hipóteses sugeridas para explicar a agregação de peixes ao redor desses materiais: atração por alimento, fototaxia negativa em resposta à sombra do objeto, proteção contra predadores e o uso desses objetos como substrato para desova. A simbiose entre certas espécies de jovens e pequenos peixes e vários tamanhos de medusas pelágicas tem atraído a atenção de muitos observadores, mas pouco esforço tem sido feito para analisar o fenômeno. Uma revisão da literatura indicou que 72 famílias de peixes têm sido encontradas associadas a algas, objetos flutuantes e medusas no ambiente pelágico. Esse trabalho teve como objetivo registrar a ocorrência da associação entre a cifomedusa Philorhiza punctata e peixes na Baía de Paranaguá. As medusas foram capturadas com o auxílio de um puçá (40 cm x 55 cm) com malha de 1 mm. Os agregados de peixes encontrados foram dominados por juvenis de 5 espécies: Chlorocombrus chrysurus, Caranx bartholomaei, Trachinotus carolinus, Trachinotus falcatus, todos carangídeos e Stephanolepis hispidus, um monocantídeo. O coeficiente de Pearson mostrou baixa correlação entre o diâmetro da umbrela e o número de peixes associados e entre o diâmetro de umbrela e o comprimento padrão dos peixes. A associação de peixes com objetos flutuantes não deve ser considerada como único critério de importância ecológica, mas exerce grande influência no ecossistema, podendo incrementar as taxas de crescimento e sobrevivência dos pequenos peixes.

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Publicado

2017-03-10

Edição

Seção

Artigos originais