INFORMAÇÕES SOLICITADAS NO AGENDAMENTO DE VISITAS ESCOLARES
EM WEBSITES DE MUSEUS BRASILEIROS
REQUESTED INFORMATION IN SCHOOL VISITS SCHEDULE ON
BRAZILIAN MUSEUM WEBSITES
Victor Hugo Ferreira Paiva1
Bruno Santana da Silva2
¹ Bacharel em Design pela Universidade Federal
do Rio Grande do Norte (UFRN).
E-mail: victorh410@gmail.com
2 Doutor em Informática pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-
RJ). Professor Adjunto da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte (UFRN).
E-mail: bruno@imd.ufrn.br
ACESSO ABERTO
Copyright: Esta obra está licenciada com uma
Licença Creative Commons Atribuição 4.0
Internacional.
Conflito de interesses: Os autores declaram
que não há conflito de interesses.
Financiamento: Não há.
Declaração de Disponibilidade dos dados:
Todos os dados relevantes estão disponíveis
neste artigo.
Recebido em: 12 dez. 2022.
Aceito em: 14 out. 2023.
Publicado em: 17 out. 2023.
Como citar este artigo:
PAIVA, Victor Hugo Ferreira Paiva; SILVA, Bruno
Santana da. Informações solicitadas no
agendamento de visitas escolares em websites
de museus brasileiros. Informação em Pauta,
Fortaleza, v. 8, p. 1-16, 2023. DOI:
10.36517/2525-3468.ip.v8i0.2023.83051.1-16.
RESUMO
Museus podem contribuir com os processos de
ensino-aprendizagem dos seus públicos,
principalmente quando colaboram com instituições
de ensino que atuam na educação formal. O
agendamento de visitas escolares a museus é uma
atividade da gestão museal que pode servir de
ponto de partida para essa colaboração entre
museus e escolas na promoção do aprendizado.
Entretanto, poucos trabalhos anteriores
investigaram o agendamento de visitas escolares a
museus. Neste contexto, este trabalho investigou as
informações solicitadas no agendamento de visitas
escolares em websites de 12 museus brasileiros
através do todo de análise de conteúdo. Foram
identificadas 45 informações sobre responsável,
instituição, grupo de visitante e visitas. Destas, 21
delas foram recorrentes em pelo menos três
museus diferentes. As informações identificadas
neste trabalho podem servir de base para o
desenvolvimento e o aprimoramento futuro de
sistemas de informação de apoio à gestão museal,
em particular os digitais, de modo a favorecer a
comunicação e a colaboração entre museus e
escolas.
Palavras-chave: educação o formal;
necessidade informacional; sistema de informação.
Fortaleza, CE
v. 8
2023
ISSN 2525-3468
DOI: 10.36517/2525-3468.ip.v8i0.2023.83051.1-16
ARTIGO
2
Inf. Pauta, Fortaleza, CE, v. 8, 2023 | ISSN 2525-3468
ABSTRACT
Museums can contribute to teaching-learning
processes of their audiences, especially when they
collaborate with educational institutions that work
in formal education. Scheduling school visits to
museums is a museum management activity that
can serve as a starting point for this collaboration
between museums and schools in promoting
learning. However, few previous works have
investigated the scheduling of school visits to
museums. In this context, this work investigated
the information requested in the scheduling of
school visits on websites of 12 Brazilian museums
through the content analysis method. 45 pieces of
information were identified about responsible,
institution, visitor group and visits. Of these, 21 of
them were recurrent in at least three different
museums. The information identified in this work
can serve as a basis for future development and
improvement of information systems to support
museum management, in particular the digital
ones, in order to favor communication and
collaboration between museums and schools.
Keywords: non-formal education; informational
need; information system.
1 INTRODUÇÃO
Ao interagirem com o meio físico e social ao longo da vida, as pessoas vivenciam
um conjunto de experiências cotidianas que as permitem construir seus entendimentos
de mundo e se desenvolverem (Rego, 2013). A educação formal é promovida quando um
grupo de pessoas participa de ações educativas planejadas e estudam conteúdos
previamente demarcados. Ela é desempenhada por escolas, universidades e demais
instituições de ensino que promovem processos de ensino-aprendizagem sistematizados
em um ambiente propício aos estudos. Contudo, as pessoas também podem aprender
com suas atividades e experiências cotidianas, na interação com outras pessoas em
diferentes ambientes sociais que promovem a educação não formal (Cazelli; Vergara,
2007; Santos, 2016; Trilla, 2003). Momentos de lazer também podem contribuir para o
aprendizado.
Museus são instituições que podem assumir muitas responsabilidades na
sociedade (Boylan, 2015; Poulot, 2013). Uma delas é ser um espaço para a educação não
formal (Braga, 2017; Lima; Köptcke, 2018; Reis, 2021; Silva; Coelho, 2021; Reis; Pinheiro,
2009). Para o Conselho Internacional de Museus (ICOM), o museu é:
[...] uma instituição de carácter permanente, sem fins lucrativos, ao serviço da
comunidade e do seu desenvolvimento, aberto ao público e que adquire,
conserva, divulga e expõe, com objetivos científicos, educativos e lúdicos,
testemunhos tangíveis e intangíveis do homem e do seu meio ambiente.
(Boylan, 2015, p. 241, grifo nosso).
Paiva e Silva | Informações solicitadas no agendamento de visitas escolares em websites de museus brasileiros
3
Inf. Pauta, Fortaleza, CE, v. 8, 2023 | ISSN 2525-3468
Museus são instituições que possibilitam aos seus públicos momentos de lazer
durante a participação de atividades de interação, comunicação e reflexão. Esse conjunto
de atividades promovidas em exposições, eventos, minicursos, workshops e outras ações
museais podem auxiliar o aprendizado humano. As ações educacionais realizadas por
museus costumam ser tão importantes a ponto de poderem ser responsabilidade de um
setor específico (Cury, 2021), que organiza e gerencia os seus processos, como
preconizam a Política Nacional de Museus (Brasil, 2003) e a Política Nacional de
Educação Museal (IBRAM, 2017) no Brasil.
A educação não formal proporcionada pelos museus pode ser associada à
educação formal oferecida pelas instituições de ensino. Esse trabalho conjunto pode
tornar o aprendizado mais dinâmico e proveitoso. Desse modo, escolas e museus
precisam trabalhar de forma colaborativa, somando esforços para promoverem um
melhor aprendizado.
A literatura relata várias pesquisas sobre ações educativas em museus brasileiros
de vários estados do país (Bernardi et al., 2021; Cretton; Pinto, 2012; Dahmouche et al.,
2020; Gomes, 2009; Machado, 2009; Muñoz, 2020). Esses estudos apresentam
iniciativas em diferentes tipos de museus, tratando sobre o que ocorre durante a
visitação e suas repercussões no aprendizado (Germano, 2020; Köptcke, 2014;
Marandino, 2001; Santos, 2016). Contudo, essa interação entre museus e escolas o
está restrita somente ao que ocorre durante a visitação. Esse contato pode iniciar antes
da visita, no momento em que os professores conhecem previamente as atividades e
exposições do museu, passam pelo agendamento da visita e depois a realiza. Além disso,
a interação pode continuar após a visita, quando forem realizadas discussões em sala de
aula sobre o que foi observado e vivenciado no museu.
Os museus precisam gerenciar o fluxo de visitas escolares que recebem, pelo
volume de visitantes envolvidos. O agendamento de visitas escolares possibilita que os
museus organizem melhor suas atividades, em particular dos seus setores educativos
para receber as instituições de ensino. Assim, a interação museu-escola poderia iniciar e
girar em torno do agendamento de visitas escolares. Aos poucos, ela iria se ampliando
para promover a colaboração e a comunicação produtiva para as instituições envolvidas,
de modo a contribuir com os processos de aprendizagem dos visitantes.
4
Paiva e Silva | Informações solicitadas no agendamento de visitas escolares em websites de museus brasileiros
Inf. Pauta, Fortaleza, CE, v. 8, 2023 | ISSN 2525-3468
Existe um número reduzido de trabalhos anteriores que discutem o agendamento
de visitas escolares a museus. Eles geralmente investigam os perfis dos públicos
escolares (Damico et al., 2009; Silva; Medeiros, 2021; Silva, M.; Silva, J., 2015) ou o
motivo de cancelamento das visitas ao museu (Mano; Damico, 2013). O processo e as
informações do agendamento de visitas escolares a museus ainda são pouco
investigados. O único trabalho conhecido investigou oportunidades de melhoria no
processo de agendamento de visitas escolares no Museu Câmara Cascudo (Silva; Paiva,
2022). Dentre as oito oportunidades identificadas neste estudo, Silva e Paiva (2022)
apontam a necessidade de revisar as informações utilizadas no processo de
agendamento de visitas escolares a museus. Eles argumentam que é preciso verificar se
as informações atuais são importantes para serem mantidas ou se elas devem ser
modificadas ou removidas. Além disso, deve-se investigar quais outras informações
também deveriam ser consideradas neste processo.
Assim, a fim de ampliar o entendimento de (Silva; Paiva, 2022) sobre as
informações necessárias em um museu, este trabalho teve por objetivo investigar as
informações solicitadas no agendamento de visitas escolares em sites de 12 museus
brasileiros. Identificar e analisar essas informações é uma ação importante para
subsidiar o desenvolvimento e o aprimoramento futuro de sistemas de informação de
apoio à gestão museal. Em particular, para apoiar a melhoria da comunicação e
colaboração entre museus e escolas.
2 METODOLOGIA
Para investigar as informações solicitadas no agendamento de visitas escolares a
museus, este trabalho realizou uma pesquisa qualitativa exploratória descritiva (Gil,
2019). Empregou-se o método de pesquisa documental (Kripka; Scheller; Bonotto, 2015)
para se analisar websites de 12 museus brasileiros. O ponto de partida foi a Plataforma
Museusbr (Figura 1) do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que reúne um cadastro
nacional dos museus brasileiros. Quando se seleciona um museu nesta plataforma, sua
página de detalhes mostra o link do website, e-mail, telefone, endereço, dentre outras
informações (Figura 2).
Paiva e Silva | Informações solicitadas no agendamento de visitas escolares em websites de museus brasileiros
5
Inf. Pauta, Fortaleza, CE, v. 8, 2023 | ISSN 2525-3468
Figura 1 Mapa de museus cadastrados na plataforma Museusbr.
Fonte: http://museus.cultura.gov.br.
Figura 2 Detalhamento do Museu WEG de Ciência e Tecnologia na Plataforma Museusbr.
Fonte: http://museus.cultura.gov.br.
Foram selecionados 12 museus brasileiros que possuíam agendamento de visitas
escolares através de seus websites, com boa quantidade e variedade de informações
solicitadas. A lista de museus analisados foi:
6
Paiva e Silva | Informações solicitadas no agendamento de visitas escolares em websites de museus brasileiros
Inf. Pauta, Fortaleza, CE, v. 8, 2023 | ISSN 2525-3468
1. Museu WEG de Ciência e Tecnologia
https://www.museuweg.net/agendamento/estudantes
2. Museu da Diversidade Sexual (MDS)
http://www.mds.org.br/agendamento-de-visita-ao-mds
3. Museu Oscar Niemeyer (MON)
https://www.museuoscarniemeyer.org.br/acaoeducativa/agendamento
4. Museu do Diamante
https://museudodiamante.museus.gov.br/agendamento-de-visitas
5. Museu da Misericórdia
https://www.museudamisericordia.org.br/agendamento/index.html
6. Instituto Ricardo Brennand
https://www.institutoricardobrennand.org.br/index.php/agendevisita
7. Museu Villa-Lobos
https://museuvillalobos.museus.gov.br/index.php/agendamentos
8. Museu Casa das Rosas
https://poiesis.education1.com.br/publico/agendamento/6c8349cc7260ae6
2e3b1396831a8398f
9. Museu Afro Brasil http://www.museuafrobrasil.org.br/o-museu
10. Museu de Arqueologia e Ciências Naturais da UNICAP
http://www1.unicap.br/MuseuArqueologia
11. Museu da Indústria
https://www.museudaindustria-ce.org.br/visita-agendada
12. Museu Câmara Cascudo https://mcc.ufrn.br
Em junho e julho de 2021, navegou-se pelo formulário de agendamento de visitas
escolares de cada website de museu selecionado para analisar seu conteúdo (Bardin,
2011) e identificar as informações solicitadas. Por exemplo, a Figura 3 ilustra o
formulário de agendamento do Museu WEG de Ciência e Tecnologia. Este museu solicita
informações sobre o tipo da visita, a instituição de ensino e sobre as quantidades de
estudantes e professores previstos. As informações solicitadas e os possíveis valores
foram organizados pelos autores e apresentados no Quadro 1, segundo a ordem de
apresentação no website. O Apêndice 1 de (Paiva, 2022) apresenta o registro completo
do resultado da análise dos formulários de agendamento nos websites dos 12 museus
selecionados, com imagens das páginas examinadas e as respectivas informações
identificadas.
Paiva e Silva | Informações solicitadas no agendamento de visitas escolares em websites de museus brasileiros
7
Inf. Pauta, Fortaleza, CE, v. 8, 2023 | ISSN 2525-3468
Figura 3 Formulário de agendamento do Museu WEG de Ciência e Tecnologia.
Fonte: https://www.museuweg.net/agendamento/estudantes.
8
Paiva e Silva | Informações solicitadas no agendamento de visitas escolares em websites de museus brasileiros
Inf. Pauta, Fortaleza, CE, v. 8, 2023 | ISSN 2525-3468
Quadro 1 Informações solicitadas no agendamento do Museu WEG de Ciência e Tecnologia.
Ordem
Informação
Possíveis valores
01
Tipo de visita
Ação Educativa, Oficina Educativa, Visita Guiada.
02
Nome do Responsável
03
Tipo da escola
Municipal, Estadual, Particular, Outras Instituições
04
Instituição
05
E-mail
06
Telefone
07
CEP
08
Estado
09
Cidade
10
Rua
11
Número
12
Bairro
13
Ensino
Creche, Fundamental, Médio, Técnico, Superior
14
Número de alunos
15
Número de professores
16
Faixa etária
0 - 5, 5 - 10, 10 - 15, 20 - 50, Acima de 50
17
Calendário
Dias, turnos, horários disponíveis, ocupados,
indisponíveis.
18
Pessoas com deficiência
Física/Motora, Visual, Auditiva, Intelectual, Outra
19
Planejamento Pedagógico
Envio do planejamento pedagógico (Word, PDF).
Modelo para preenchimento sobre o antes,
durante e após a visita.
20
Objetivo da visita
21
Outras informações
22
Você autoriza a utilização de
imagens capturadas durante a
visitação em campanhas
promocionais e institucionais?
Fonte: Elaborado pelos autores.
Paiva e Silva | Informações solicitadas no agendamento de visitas escolares em websites de museus brasileiros
9
Inf. Pauta, Fortaleza, CE, v. 8, 2023 | ISSN 2525-3468
Depois de analisar o conteúdo individual (intramuseu) dos formulários de
agendamento presentes em cada website dos 12 museus, os autores compararam as
informações entre websites (intermuseus). O Quadro 2 ilustra como foi realizada a
comparação de parte das informações coletadas dos 6 primeiros museus. Cada museu
foi identificado por um número na sequência de 1 a 12. Em cada coluna estão as
informações correspondentes ao museu, divididas com uma linha horizontal cinza pelos
respectivos grupos de informações: responsável, instituição, grupo de visitante e visitas.
As informações similares foram organizadas na mesma linha, ainda que a ordem de
solicitação nos respectivos websites possa ser diferente.
Quadro 2 Comparação parcial de informações coletadas no website dos 6 primeiros museus analisados.
1
2
3
4
5
6
RESPONSÁVEL
Nome do
Responsável
Responsável
pelo
agendamento
Responsável
pelo grupo
Nome do
Responsável
Nome
Completo
Nome do
Responsável
E-mail
E-mail
E-mail
E-mail
E-mail
E-mail
INSTITUIÇÃO
Instituição
Nome da
Instituição
Nome da
Instituição
Dados (nome)
da Instituição
de Ensino
Nome da
Instituição
Nome da
Instituição
Tipo da escola
(Municipal,
Estadual,
Particular,
Outras
Instituições)
Tipo da
Instituição
(Particular,
Federal,
Estadual,
Municipal,
Terceiro Setor,
Empresarial,
Grupo de
estudos)
Ramo atividade
(natureza)
Instituição
(Pública,
Privada)
Tipo da
Instituição
(Pública,
Privada)
Natureza da
instituição
(Pública,
Privada,
Autarquia,
ONG, Outras)
GRUPO DE VISITANTE
10
Paiva e Silva | Informações solicitadas no agendamento de visitas escolares em websites de museus brasileiros
Inf. Pauta, Fortaleza, CE, v. 8, 2023 | ISSN 2525-3468
1
2
3
4
5
6
-
Responsável
pelo grupo
-
-
-
-
-
-
Grupo é
formado (tipo
do grupo)
-
-
-
VISITA
-
-
Primeira visita
-
-
-
Data disponível
Data
Data
Dia Pretendido
Sugestão de
Data
Data
Fonte: Elaborador pelos autores.
Depois da comparação, os autores contabilizaram as ocorrências de cada
informação para identificar sua recorrência nos formulários de agendamento de visitas
escolares nos 12 websites de museus analisados. O Apêndice 2 (Paiva, 2022) apresenta a
comparação completa das informações solicitadas em todos os websites analisados.
3 RESULTADOS
A análise de conteúdo dos websites dos 12 museus trouxe como resultado um
conjunto de informações solicitadas no agendamento de visitas escolares. Foram
identificadas 45 informações solicitadas no total. A Tabela 1 mostra a quantidade de
museus e quais deles solicitaram cada informação, agrupadas por responsável pela visita,
instituição de ensino, grupo de visitantes e visita.
Paiva e Silva | Informações solicitadas no agendamento de visitas escolares em websites de museus brasileiros
11
Inf. Pauta, Fortaleza, CE, v. 8, 2023 | ISSN 2525-3468
Tabela 1 Conjunto de informações solicitadas no agendamento online de visitas escolares
dos 12 museus analisados.
Grupo de
informações
Informação
Total de museus
que solicitam a
informação
Quais museus
solicitaram a
informação
RESPONSÁVEL
PELA VISITA
1. Nome do Responsável
12
Todos os museus
2. E-mail
12
Todos os museus
3. Telefone
7
2, 3, 4, 5, 6, 9 e 11
4. Celular
6
3, 5, 6, 9, 10 e 12
5. Cargo do Responsável
2
6 e 12
6. Senha
2
9 e 10
7. Sobrenome
1
9
8. Data de Nascimento
1
8
9. Tipo de Documento
1
8
10. Número do Documento
1
8
11. CPF
1
10
INSTITUIÇÃO
DE ENSINO
INSTITUIÇÃO
12. Nome da instituição
9
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 11 e
12
13. Estado
7
1, 2, 3, 4, 6, 10 e 12
14. Cidade
7
1, 2, 3, 4, 6, 10 e 12
15. Natureza/Tipo da
instituição
7
1, 2, 3, 4, 5, 6 e 12
16. Endereço
5
1, 3, 4, 10 e 12
17. Bairro
5
1, 2, 6, 10 e 12
18. CEP
3
1, 10 e 12
19. Número
2
1 e 10
12
Paiva e Silva | Informações solicitadas no agendamento de visitas escolares em websites de museus brasileiros
Inf. Pauta, Fortaleza, CE, v. 8, 2023 | ISSN 2525-3468
Grupo de
informações
Informação
Total de museus
que solicitam a
informação
Quais museus
solicitaram a
informação
DE ENSINO
20. CPNJ
1
11
21. Complemento
1
10
22. Site e/ou Mídia Social
1
2
GRUPO
VISITANTE
23. Grau de escolaridade
9
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 11 e
12
24. Total de visitantes
8
2, 3, 4, 5, 7, 8, 9 e 11
25. Faixa etária
8
1, 2, 3, 5, 6, 7, 8 e 12
26. Número de adultos
2
4 e 12
27. Número de estudantes
2
1 e 12
28. Número de educadores
2
1 e 3
29. Tipo de grupo
2
3 e 12
30. Responsável pelo
grupo
1
2
31. Nome do grupo
1
9
32. Semestre/Série
1
11
VISITA
33. Data
10
1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9,
11, 12
34. Horário
10
1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9,
11, 12
35. Objetivo
5
1, 3, 4, 7 e 12
36. Pessoas com
deficiência
4
1, 3, 5 e 12
37. Observações
4
2, 5, 7 e 11
38. Temas de interesse
3
2, 4 e 5
Paiva e Silva | Informações solicitadas no agendamento de visitas escolares em websites de museus brasileiros
13
Inf. Pauta, Fortaleza, CE, v. 8, 2023 | ISSN 2525-3468
Grupo de
informações
Informação
Total de museus
que solicitam a
informação
Quais museus
solicitaram a
informação
VISITA
39. Atendimento desejados
3
2, 4 e 7
40. Tipo de visita
2
1 e 3
41. Primeira visita
1
1
42. Planejamento
pedagógico
1
1
43. Qual deficiência?
1
12
44. Qual recurso de
acessibilidade é
necessário?
1
12
45. Como ficou sabendo?
1
12
Fonte: Elaborador pelo autor.
Uma maior recorrência da informação em diferentes museus pode indicar uma
maior relevância dela para o agendamento de visitas escolares. As 21 informações mais
solicitadas, por pelo menos três museus, foram:
Responsável pela visita: nome do responsável (em 12 museus), e-mail do
responsável (12), telefone (7) e celular (6);
Instituição de ensino: nome da instituição (em 9 museus), estado (7), cidade
(7), natureza/tipo da instituição (7), endereço (5), bairro (5) e CEP (3);
Grupo visitante: grau de escolaridade (em 9 museus), total de visitantes (8) e
faixa etária (8);
Visita: data (em 10 museus), horário (10), objetivo (5), pessoas com
deficiência (4), observações (4), temas de interesse (3) e atendimento
desejado (3).
14
Paiva e Silva | Informações solicitadas no agendamento de visitas escolares em websites de museus brasileiros
Inf. Pauta, Fortaleza, CE, v. 8, 2023 | ISSN 2525-3468
A informações menos solicitadas, por até dois museus, foram:
Responsável pela visita: cargo do responsável (em 2 museus), senha (2),
sobrenome (1), data de nascimento (1), tipo de documento de identificação
(1), número de documento de identificação (1), CPF (1);
Instituição de ensino: número do endereço (em 2 museus), CNPJ (1),
complemento (1) e site e/ou mídia social (1);
Grupo visitante: número de adultos (em 2 museus), número de estudantes (2),
número de educadores (1), tipo de grupo (1), responsável pelo grupo (1),
nome do grupo (1) e semestre/série (1);
Visita: tipo de visita (em 2 museus), primeira visita (1), planejamento
pedagógico (1), qual deficiência? (1), qual recurso de acessibilidade é
necessário? (1) e como ficou sabendo? (1).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho investigou as informações solicitadas no agendamento de visitas
escolares nos websites de 12 museus brasileiros entre junho e julho de 2021. A análise
de conteúdo dos sites identificou 45 informações solicitadas no total, sendo que 21
destas foram recorrentes em pelo menos 3 museus diferentes. Esse resultado representa
um avanço em relação ao trabalho de (Silva; Paiva, 2022) porque identifica 21 outras
informações solicitadas em agendamentos de visitas escolares que não haviam sido
abordadas pelo Museu Câmara Cascudo. Além disso, este resultado reforça a
necessidade de revisão das informações solicitadas no agendamento de visitas escolares
apresentada por (Silva; Paiva, 2022). Qual seria a opinião de funcionários de museus
sobre a necessidade de solicitar as 45 informações identificadas neste estudo? Todas
essas informações seriam necessárias? Alguma informação importante ainda não foi
considerada?
Paiva e Silva | Informações solicitadas no agendamento de visitas escolares em websites de museus brasileiros
15
Inf. Pauta, Fortaleza, CE, v. 8, 2023 | ISSN 2525-3468
Trabalhos futuros precisam avaliar esse conjunto de informações sobre o
agendamento de visitas escolares com a participação de funcionários de museus. Além
disso, também se faz necessário conduzir pesquisas sobre a construção e uso de
sistemas de informação, principalmente os digitais, que facilitem a gestão das
informações sobre o agendamento de visitas escolares em museus. Iniciativa correlata
interessante foi feita para a gestão de pesquisa de públicos em museus (Amaral; Silva;
Bessa, 2021; Lima; Amaral; Silva, 2021).
REFERÊNCIAS
AMARAL, M. P. F.; SILVA, B. S.; BESSA, O. F. M.
Aplicativo para sondagem de públicos em
museus. Design e Tecnologia, v. 11, p. 116-
138, 2021.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo:
Edições 70, 2011.
BERNARDI, A. M. D. et al. Programa Vamos ao
Museu?: Educação e Cultura. Cadernos do
Ceom, v. 34, n. 54, p. 211226, 2021.
BOYLAN, Patrick John (org.) Como gerir um
museu: manual prático. Brodowski, São Paulo:
Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de
Portinari, Secretaria da Cultura do Estado de
São Paulo, 2015.
BRAGA, J. L. M. Desafios e perspectivas para
educação museal. Museologia &
Interdisciplinaridade, v. 6, n. 12, 2017.
BRASIL. Ministério da Cultura. Bases para a
Política Nacional de Museus: memória e
cidadania. Brasília, DF, 2003.
CAZELLI, S.; VERGARA, M. O passado e o
presente das práticas de educação não formal
na cidade do Rio de Janeiro. In: Encontro de
História da Educação do Estado do Rio de
Janeiro, Niterói Rio de Janeiro. CD-ROM do I
EHEd-RJ, 2007.
CRETTON, A. A.; PINTO, D. Programas
Educativos em Museus: um estudo de caso.
Museologia & Interdisciplinaridade, v. 1, n. 2,
p. 134134, 2012.
CURY, M. X. Políticas públicas museais e a
promoção de programas de educação em
museus: Os públicos no plural. Cadernos do
Ceom, v. 34, n. 54, p. 183202, 2021.
DAHMOUCHE, M. S.; PIRES, A. M. G.; CAZELLI, S.
O Museu Ciência e Vida Investiga Seu Público:
Professores. Ensaio Pesquisa em Educação
em Ciências, v. 22, 2020.
DAMICO, J. S.; MANO, S. M. F.; KÖPTCKE, L. S. O
público escolar do Museu da Vida: origem
geográfica das escolas visitantes (1999-
2008). Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz
/ Casa de Oswaldo Cruz / Museu da Vida, 2009.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa
social. 7. ed. Editora Atlas, 2019.
GOMES, A. O. Ação educativa em museus do
Ceará. Cadernos do Ceom, v. 22, n. 30, p. 397
410, 2009.
INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS (IBRAM).
Política Nacional de Educação Museal
(PNEM). Brasília, DF, 2017.
KÖPTCKE, L. S. Revisitando a parceria museu-
escola: currículo e formação profissional.
Museologia e Patrimônio, vol.7, n. 2, 2014.
KRIPKA, R. M. L.; SCHELLER, M.; BONOTTO, D.L.
Pesquisa documental na pesquisa qualitativa:
conceitos e caracterização. Revista de
investigaciones UNAD, v. 14, n. 2, p. 55-73,
2015.
LIMA, P. G. S.; AMARAL, M. P. F.; SILVA, B. S.
Desenvolvimento e Avaliação de Usabilidade
de Software para Pesquisa de Públicos no
Museu Câmara Cascudo. Ergodesign & HCI, v.
9, p. 19-33, 2021.
16
Paiva e Silva | Informações solicitadas no agendamento de visitas escolares em websites de museus brasileiros
Inf. Pauta, Fortaleza, CE, v. 8, 2023 | ISSN 2525-3468
LIMA, R. G. G. R.; KÖPTCKE, L. S. A relação entre
Ciência da Informação, curadoria de exposições
e educação em museus: uma reflexão.
Museologia e Patrimônio, v. 11, n. 1, p. 218-
234, 2018.
MACHADO, S. C. B. Entre o museu e a escola:
reflexões acerca da experiência de implantação
da disciplina de educação patrimonial e
ambiental na rede municipal de ensino do
município de Maracajá-SC. Cadernos do Ceom,
v. 22, n. 31, p. 157176, 2009.
MANO, S. M. F.; DAMICO, J. S. O que dizem os
ausentes: um estudo qualiquantitativo
sobre visitas agendadas e não realizadas no
Museu da Vida 2002-2011. Rio de Janeiro:
Fundação Oswaldo Cruz / Casa de Oswaldo
Cruz / Museu da Vida, 2013.
MARANDINO, M. Interfaces na relação museu-
escola. Caderno Brasileiro de Ensino de
Física, v. 18, n. 1, p. 85100, 2001.
MUÑOZ, J. G. Experiências educativas de
integração comunitária: Abordagens da cultura
imaterial dos povos originários venezuelanos.
Museologia & Interdisciplinaridade, v. 9, n.
18, p. 4255, 2020.
PAIVA, V. H. F. Projeto de Artefato Digital
para Agendamento de Visitas Escolares a
Museus. Trabalho de Conclusão de Curso
(Bacharelado em Design) Departamento
Acadêmico de Design, Universidade Federal do
Rio Grande do Norte. Natal, 2022.
POULOT, D. Museu e museologia. Autêntica,
2013.
REGO, T. C. Vygotsky: Uma Perspectiva
Histórico-Cultural da Educação. Rio de
Janeiro: Editora Vozes Limitada, 2013.
REIS, M. A. G. S. Museus e os modos de educar
para a liberdade: asas ou gaiolas? Museologia
& Interdisciplinaridade, v. 10, n. 20, p. 144
157, 2021.
REIS, M. A. S.; PINHEIRO, M. R. Para uma
pedagogia do museu: algumas reflexões.
Museologia e Patrimônio, v. 2, n. 1, p. 3646,
2009.
SANTOS, S. S. Espaços Educativos Científicos:
Formal, Não Formal e Informal. Revista Areté
| Revista Amazônica de Ensino de Ciências,
v. 9, n. 20, p. 98107, 2016.
SANTOS, T. S.; GERMANO, M. G. Relação Museu
Escola: Influências da Escola nas Abordagens
Museais. Caderno Brasileiro de Ensino de
Física, v. 37, n. 2, p. 9711003, 2020.
SILVA, M. H. F.; COELHO, P. A. Tecnologia e
mediação interativa: uma perspectiva
museológica contemporânea sistematizada na
psicologia da educação. Museologia &
Interdisciplinaridade, v. 10, n. Especial, p.
6892, 2021.
SILVA, B. S.; MEDEIROS, C. M. L. A diversidade
do público escolar que visita o Museu Câmara
Cascudo. Museologia &
Interdisciplinaridade, v. 10, n. 20, p. 191-208,
2021.
SILVA, B. S.; PAIVA, V. H. F. Oportunidades de
melhoria no processo de agendamento de
visitas escolares no Museu Câmara Cascudo.
Ponto de Acesso, v. 16, n. 1, p. 156-174, 2022.
SILVA, M. C.; SILVA, J. Z. Perfil dos visitantes do
museu de anatomia veterinária da FMVZ/USP:
primeiros estudos. Museologia &
Interdisciplinaridade, Brasília, v. 3, n. 6, p.
257-276, abr. 2015.
TRILLA, J. La educación fuera de la escuela:
ámbitos no formales y educación social.
Barcelona: Grupo Planeta (GBS), 2003.