Revista Labor http://www.periodicos.ufc.br/labor <p>Resumo</p> <p>A Revista Labor é vinculada à Faculdade de Educação e ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal do Ceará (UFC). Recebe artigos nas áreas de Educação e Ensino, mediante fluxo contínuo ou por chamada de dossiê.&nbsp;A abordagem dos trabalhos e o atendimento às normas da Revista são avaliados pelo Conselho Editorial ou por pareceristas <em>ad hoc</em>, por meio de sistema de avaliação às cegas por pares. A Revista está presente nas seguintes bases e indexadores: Google Acadêmico, DOAJ, LATINDEX, REDIB, PERIODICOS CAPES, SUMARIOS, EZ3, MIAR, DIADORIM, LIVRE, RESEARCHBIB, PKP INDEX.</p> <p>&nbsp;</p> Programa de Pós-Graduação em Educação da UFC pt-BR Revista Labor 1983-5000 <p><strong>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</strong></p> <p>1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p> <p>2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</p> <p>3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) durante o processo editorial informando que o artigo está em processo de publicação, já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).</p> Apresentação Geral http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/81194 <p>Este volume traz o Dossiê <strong>Alianças de Gênero: contribuições para uma epistemologia feminista em educação</strong><strong>,</strong> organizado pelo professor Alfrâncio Ferreira Dias, professora Maria Helena S. Cruz, ambos da Universidade Federal de Sergipe – UFS, professor Paulo Brazão da Universidade da Madeira – UMa (Pt) e pela professora Ana Paula L. Nascimento do Instituto Federal de Educação do Sergipe – IFS. Um tema fundamental no momento em que estamos vivendo de perseguição e retrocesso nos direitos humanos do país e ao qual o campo educacional não escapa. Os 16 artigos do dossiê transitam em temas que vão da epistemologia à políticas públicas, da violência de gênero à psicologia, todos tendo como pano de fundo a educação. Este é um dos mais ricos e profundos dossiês que já publicamos, temos a certeza que se tornará referência nos estudos do tema tanto no Brasil quanto fora dele.</p> <p>Ao mesmo tempo, publicamos 11 artigos de fluxo contínuo numa demanda represada desde o segundo semestre do ano passado, a estes pesquisadores nossas sinceras desculpas, confiamos que conseguiremos dar normalidade às atividades rotineiras da Revista neste segundo semestre, voltando a publicar o fluxo contínuo a cada 8 artigos aprovados.</p> Jerciano Pinheiro Feijó Eneas de Araújo Arrais Neto Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-10 2022-07-10 1 27 07 07 10.29148/labor.v1i27.81194 Alianças de gênero: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/81195 <p>Os textos do <em>Dossiê</em> temático <em>“Alianças de gênero: contribuições para uma<br>epistemologia feminista em educação”</em> tornam-se instigante nesse momento, abordam avanços da epistemologia feminista, do conhecimento humano visto diferentemente, recebendo o auxílio de outros conhecimentos, os quais evoluem de posturas disciplinares, interdisciplinares, multidisciplinares para atitudes transdisciplinares dxs sujeitxs, das suas vidas, das suas emoções, dos seus sentimentos, que estão em constante movimento e mudança. É um ato responsável que contribui para a construção da sociedade que queremos e que almejamos construir, em que devemos ter o compromisso como educadorxs e pesquisadorxs.</p> <p>Nessa perspectiva, o Dossiê, composto por 16 (dezesseis) textos, avançou no diálogo a fim de promover novas compreensões teóricas e metodológicas em torno dos estudos de gênero, lésbicos, gays, trans, <em>queer</em>, negros e decoloniais e produções artísticas. Agregou estudos com múltiplas abordagens desenvolvidos por pesquisadorxs de diferentes áreas, regiões, instituições, grupos de pesquisas e movimentos.</p> <p>Desejamos boa leitura e que esse universo potente dos saberes e das práticas possa contribuir para a formação, em diversas dimensões, e para provocar reflexões no campo da interseccionalidade. Do mesmo modo, sua potência seja capaz de fortalecer alianças de gênero, epistemologias e lutas feministas e transfeministas, e ainda fundamentar a elaboração de políticas públicas que abarquem as diversidades de representatividades e necessidades cotidianas objetivas e subjetivas dxs sujeitxs.</p> <p>&nbsp;</p> <p><em>Brasil, inverno de 2022.</em></p> Alfrancio Ferreira Dias Maria Helena Santana Cruz Paulo Brazão Ana Paula Leite Nascimento Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-10 2022-07-10 1 27 08 10 10.29148/labor.v1i27.81195 Epistemologia é nóiz por nóiz: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/80576 <p>Este ensaio parte da ideia de que devemos produzir exercícios de contracolonização a fim de que possamos habitar mais confortavelmente nossas práticas de produção de conhecimento dentro da universidade. Partindo da compreensão de que é necessário que o conhecimento se alimente da vida, trabalharemos aqui com o pensamento de Nego Bispo que afirma a importância da produção de saberes que sejam orgânicos em contraponto aos saberes sintéticos, aqueles que são trazidos do exterior, sem que sejam experenciados por quem deles deveria se servir. Nossa proposta é ampliar as gramáticas que definem o que são as epistemologias, descascando a pele deste conceito a fim de contemplar sua porosidade e sua abertura para projetos epistêmicos feministas. Neles, o resgate da memória e de nossas ancestralidades figuram como possibilidades de reencantar nossas pesquisas e denunciar o modo como programas normativos de ciência masculinista e colonial tentam apagar os rastros que deixamos pelo mundo. Finalizamos trazendo as inscrições de uma pesquisa com mulheres-anciãs-bordadeiras, contemplando os bordados que suas palavras desenharam em nossos corpos. Assumindo que o conhecimento é autoconhecimento, caminho inacabado e labuta coletiva, concluímos o texto sentadas nos banquinhos sem encosto das memórias miudinhas plantadas em algum lugar dentro de nós por mulheres-mestras das ensinanças forjadas nas bordas.</p> Késia dos Anjos Rocha Érika Cecília Soares Oliveira Maria Laura Medeiros Bleinroth Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-02 2022-07-02 1 27 11 28 10.29148/labor.v1i27.80576 Educação como processo de subjetivação: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/78740 <p>No presente artigo mobilizamos o relato de si de uma aluna, no âmbito do curso de especialização Relações de Gênero e Sexualidades: perspectivas interdisciplinares, que acontece em uma universidade pública. O argumento principal desenvolvido aqui é que a partir de uma perspectiva da educação como processo de subjetivação, podemos fazer alianças com as epistemologias feministas para construção de sujeitos outros não-sexistas. Diante do cenário que estamos vivendo de tantos retrocessos, minimização dos nossos espaços de discussão do conhecimento que as epistemologias feministas têm construído, encontrar frestas, brechas e fendas para manter vivo esse conhecimento é uma atitude de resistência para que diversos corpos e vidas que dependem do espraiamento desse conhecimento possam ser vivíveis.</p> Danilo Araújo de Oliveira Anderson Ferrari Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-02 2022-07-02 1 27 29 44 10.29148/labor.v1i27.78740 Por uma epistemologia feminista: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/80561 <p>Quando se aborda sobre poder, automaticamente nos referimos a hierarquia entre opressores e oprimidas, e também entre dominadores e dominadas. Sendo que, nessas relações onde se tem o envolvimento de homens e mulheres, os homens de forma geral dominam o papel principal de opressor. Neste contexto, este artigo pretende fomentar sobre as questões temáticas de feminismo, marxismo e relações de gênero no âmbito da educação, dando destaque a alguns autores e pesquisadores que contribuíram para a definição de gênero e suas consequentes implicações. Com o intuito de romper essas barreiras de estereótipos e diferenças, no âmbito educacional este fator se identifica como uma trilha que permite tanto a professores como alunos, adquirir novas percepções e experiências sobre os padrões existentes na sociedade, buscando reduzir os conflitos entre homens e mulheres, dando mais abertura de aprender com as diferenças. O desenvolvimento do artigo se deu por uma pesquisa qualitativa de natureza exploratória. Contudo, tal divisão acaba por impor às mulheres menor controle sobre o uso do tempo e constitui-se como elemento fundamental no processo de acumulação de capital. Assim, as análises sobre trabalho e gênero não podem ser feitas sem considerar os diferentes tipos de atividade desenvolvidos sobretudo pelas mulheres, as quais muitas vezes não são consideradas trabalho em sua definição geral.</p> Tamires Aparecida Batista de Oliveira Maria Helena Santana Cruz Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-02 2022-07-02 1 27 45 67 10.29148/labor.v1i27.80561 “eu não queria de maneira nenhuma que meu filho fosse ensinado por um[a] travesti”: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/80701 <p>O presente trabalho é um recorte de uma pesquisa desenvolvida no mestrado em que objetivamos analisar as vivências de uma professora travesti no exercício da docência. A professora Louranya possuía experiência no espaço educacional em escolas públicas de uma cidade do interior da Bahia. Este estudo pautou-se nos estudos pós-críticos, pós-estruturalistas e também tomando como base os referenciais transfeministas. Com esta pesquisa buscamos questionar: como a cisnormatividade opera na escola violentando continuamente a professora travesti? Quais estratégias de resistência Louranya utilizou para continuar como docente na escola? A produção do material empírico se deu por meio de entrevistas narrativas realizadas com a professora Louranya, com a ex-diretora da escola e com a mãe de um dos estudantes. Ao iniciar sua carreira docente, Louranya vivenciou a transfobia por parte da comunidade escolar que não a queria como docente de uma turma dos anos iniciais do ensino fundamental. Mesmo tendo o apoio da diretora, ela foi perseguida e cobrada continuamente, pelo vice-diretor e alguns familiares, para que se construísse como a melhor profissional e desse o melhor de si para continuar no emprego, inclusive porque estava sob regime de contrato temporário. Louranya obteve apoio de várias das mães dos(as) estudantes contudo, algumas optaram pela transferência de seus/suas filhos/as para outra escola.</p> Danilo Dias Marcos Lopes de Souza Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-02 2022-07-02 1 27 68 88 10.29148/labor.v1i27.80701 Reflexões a partir da trajetória acadêmica de uma mulher trans e as políticas de acesso e permanência de travestis e transexuais na Universidade do Estado da Bahia http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/78692 <p>O presente artigo tem por objetivo refletir acerca da trajetória acadêmica de uma mulher transexual, ao tempo em que busca analisar as políticas de inclusão de pessoas trans e travestis na Universidade do Estado da Bahia, a partir da Resolução nº 1.339/2018 que regulamenta a política de cotas na referida Universidade para transexuais e travestis. Essa é uma pesquisa de cunho qualitativo e tem como método a narrativa biográfica, por entendermos ser essa uma maneira de compreender os modos, as vivências e as experiências humanas. A partir desse estudo é possível inferir que a política de cotas é importante, contudo, faz-se necessário reestruturar o currículo dos cursos de graduação no sentido de problematizar as questões inerentes a diversidade sexual e de gênero. Compreendemos ainda, que a narrativa de pessoas trans em estudos acadêmicos se constituem enquanto instrumento de empoderamento e visibilidade.</p> Pedro Paulo Souza Rios Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-02 2022-07-02 1 27 89 109 10.29148/labor.v1i27.78692 Reflexão dos futuros professores sobre a inclusão da diversidade sexual e de género http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/80711 <p>O objetivo deste documento é discutir a inclusão da diversidade de género na formação de professores, bem como as possibilidades e sugestões de iniciativas a serem desenvolvidas no campo da educação imediata, média e longa distância. Metodologicamente, estudei uma abordagem qualitativa, baseada na contribuição de estudantes do segundo ano de Educação Infantil na Universidade de Cádis, Espanha, através de entrevistas de grupo abertas sobre as suas concepções de diversidade sexual e de género e como desenvolver a inclusão. diversidade e género no contexto académico. Analisámos e discutimos dois fóruns de dados categorizados: 1) Conceito de inclusão da diversidade de género; 2) Caracterização do actual sistema educativo espanhol em relação à inclusão da diversidade de género; 3) Quem, onde e como a inclusão deve ser trabalhada; 4) Acções a desenvolver pelos tutores; 5) Propostas para a abordagem da inclusão da diversidade de género.</p> <p>Conclui-se que é necessário um trabalho transversal, sistemático e contínuo para a inclusão da diversidade sexual e de género em todos os contextos académicos, com acções educativas que proporcionem momentos de escuta dos estudantes LGBTQIA+ e das suas famílias.</p> Begoña Torrejón Sánchez Paulo Brazão Alfrancio Ferreira Dias Alice Mendonça Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-03 2022-07-03 1 27 110 126 10.29148/labor.v1i27.80711 Um novo fazer para psicologia escolar/educacional: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/80555 <p>O espaço escolar, apesar da aparente neutralidade e imparcialidade de que se reveste, segue como instrumento de normalização e disciplinamento com padrões rígidos para os gêneros. Mas também pode ser um espaço privilegiado de transformação social pela sua potencialidade para desconstrução das desigualdades. Em virtude disso, a temática de gênero, sexualidade e relações étnico raciais foi incluída em nossas atividades com estudantes. Nos encontros semanais, online, com as turmas de 6º ano do ensino fundamental, desenvolvemos diversas temáticas como organização de estudos, empatia, afetividade, respeito, diversidade, questões étnico-raciais, gênero, sexualidade e projeto de vida, utilizando recursos tecnológicos de interação e ferramentas da internet. Em 2019, foi criado o Clube de Leitura “Marielle Franco” com a finalidade de tornar a escola um espaço de respeito às diferenças, através de discussões sobre a diversidade, raça, gênero e sexualidades. Foi possível perceber potencialidades nos encontros realizados com estudantes dos 6ºs anos, nas leituras realizadas, debates críticos, nas experiências de opressão compartilhadas e nas parcerias estabelecidas, bem como nas atividades do clube de leitura. E mesmo sabendo que a educação sozinha não promoverá as mudanças tão necessárias para a criação de uma estrutura social igualitária, a defendemos como uma resistência aos modelos educacionais nos quais fomos construídos e que estão alicerçados num arcabouço da desigualdade, da homogeneização da diversidade.</p> Helma de Melo Cardoso Daniela Melo da Silva Carvalho Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-03 2022-07-03 1 27 127 140 10.29148/labor.v1i27.80555 Gênero e sexualidade na educação: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/80580 <p>O presente artigo objetiva discutir como (e se) as questões de gênero e sexualidade na educação são abordadas no curso de Pedagogia da Universidade Federal do XXXXX, enquanto universidade pública brasileira, a partir da visão de estudantes do último semestre do curso. Para tanto, o estudo se debruça sobre a incidência que tais questões tiveram durante o curso, com destaque para as áreas, as disciplinas, os projetos e a abordagem, identificadas pelos estudantes. Com base nos dados coletados, a pesquisa mostra que estudantes do último semestre têm poucas e, ou, rasas discussões sobre a temática, além de representações homofóbicas nos discursos de docentes e de discentes do curso. Tal evidência ressalta a importância da atuação do corpo docente do curso em questão, e das demais licenciaturas, a fim de atentarem para a importância do trabalho pedagógico relativo a esses temas à formação docente inicial.</p> Orleans Alves Parente Ronaldo de Sousa Almeida Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-03 2022-07-03 1 27 141 153 10.29148/labor.v1i27.80580 “Ela nasceu para ser professora”: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/80559 <p>Este artigo objetiva abordar a construção do imaginário da docência como atividade feminina a partir do final do século XIX e começo do século XX. A docência no Brasil, em um primeiro momento, esteve centrada na figura masculina do professor. Todavia, com a ampliação do atendimento público educacional, houve a necessidade de um maior número de docentes para suprir as novas demandas, e as vagas passaram a ser ocupadas também por mulheres. Nesse processo de vinculação de um ofício originalmente destinado aos homens ao gênero feminino, buscou-se justificar que as mulheres eram mais aptas para exercer o trabalho docente, pois elas seriam naturalmente mais inclinadas ao cuidado, uma vez que sua função maior estava atrelada à maternidade. Esse imaginário da docência enquanto dom fez com que os cursos superiores de Pedagogia e as licenciaturas em geral (principalmente as com o maior número de mulheres) fossem as opções com menor valor de mercado. As discussões propostas neste artigo baseiam-se nos estudos de Bernadete Gatti <em>et al</em>. (2019), Flúvia Rosermberg e Tina Amado (1992), Guacira Lopes Louro (1997, 2004) e Marcus Vinícius Cunha (2011).</p> Renata Lewandowski Montagnoli Adriano Mafra Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-03 2022-07-03 1 27 154 168 10.29148/labor.v1i27.80559 Mulher negra e educação: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/80693 <p>Este artigo apresenta o debate sobre identidade e educação a partir das complexas e necessárias intersecções das categorias raça, gênero e classe que atravessam a vida de mulheres negras no Brasil. As reflexões aqui contidas fazem parte do resultado de pesquisa de tese de doutoramento que discutiu sobre as categorias supracitadas através da realidade brasileira e portuguesa. Partindo do pressuposto que a educação é um campo de contradições, mas, sobretudo, com possibilidades efetivas de produções sociais, o estudo utilizou de materiais bibliográficos e entrevistas para comprovar que o ambiente escolar pode ser fundamental para construção, reconstrução e afirmação da identidade negra.</p> Heide de Jesus Damasceno Aline Nascimento Santos Correia Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-03 2022-07-03 1 27 169 193 10.29148/labor.v1i27.80693 O O ser docente e o ser mulher: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/78643 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo apresenta algumas reflexões acerca das perspectivas de gênero na educação e, em consonância, identifica os acontecimentos e as tensões que antecederam e precederam o processo histórico de lutas e conquistas de mulheres que desejavam e/ou precisavam atuar como professoras em décadas passadas. Para tanto, o estudo realiza uma revisão bibliográfica de abordagem analítica e qualitativa, o qual pretende dialogar com uma perspectiva voltada para os estudos pós-coloniais como aporte teórico-metodológico para a análise de questões concernentes à mulher e à educação. Nesse intento, buscamos referências nos estudos de Almeida (1998), Cunha (2021), Santos (2018), Spivak (2014), Walsh (2016), entre outros.&nbsp;</span></p> Stephanie Miranda dos Santos Gustavo dos Santos Souza Carlos Magno Naglis Vieira Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-03 2022-07-03 1 27 194 208 10.29148/labor.v1i27.78643 A mídia de massa e sua importância na forja das consciências do que é ser “criminoso” numa sociedade racista, machista e economicamente elitista http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/78664 <p>Este estudo consistiu numa pesquisa que envolveu análises bibliográficas e documentais com vistas à compreensão do papel da mídia de massa na forja das consciências do que é ser “criminoso” numa sociedade racista, machista e economicamente elitista. Para isso, partimos da premissa de que vivemos numa sociedade cujo modo de produção foi erguido e estruturado sobre os pilares do machismo e do racismo. Dentre os modos sofisticados com os quais o racismo e o machismo avançam, destacamos aqui a forma como os discursos que os veículos de mídia de massa utilizam, criam a imagem do/a criminoso/a. A partir das análises de referenciais decoloniais, afrocentrados, emergentes do feminismo negro, bem como de matérias jornalísticas e documentos oficiais acerca do hiperencarceramento, da violência perpetrada pela mão armada do Estado, e da tortura policial, constatou-se que o discurso sobre o/a criminoso/a, é uma falacia que está a serviço tão somente dos interesses daqueles/as que estão no poder e que gozam dos privilégios da norma de gênero, raça e classe vigente.</p> Rutineia Macário de Farias Ivanderson Pereira da Silva Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-04 2022-07-04 1 27 209 231 10.29148/labor.v1i27.78664 Pioneirismo na gestão pública feminina: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/80565 <p>O artigo traz à luz o pioneirismo de mulheres na educação superior e na gestão de uma universidade pública no âmbito do estado de Pernambuco. Teve como objetivo o resgate histórico da instituição no diálogo com a história das mulheres, que levou ao registro da trajetória da reitora Maria José de Sena no diálogo com a história das mulheres e as vozes femininas sobre o seu reitorado. De cunho qualitativo, utilizou fontes documentais, referências que trouxeram e concretudes acerca do tema e teóricos que embasaram o texto. A pesquisa contou com o instrumento de entrevista semiestruturada, ancorou-se na teoria feminista e registrou a memória da educação superior em Pernambuco, do ensino de Ciências Agrárias, do acesso das mulheres brasileiras à educação e a mulher frente às dificuldades enfrentadas na ocupação de espaços de poder e decisão oriundas do modelo patriarcal, cujos obstáculos, denominados de “teto de vidro” e “labirinto de cristal”, continuam difíceis de serem superados. Os resultados evidenciam conquistas realizadas pelas mulheres ao longo do último século e demonstram resultados da luta do movimento feminista no Brasil e no mundo por políticas públicas de acesso aos direitos sociais para as mulheres. Soma-se a essas conquistas, em meio a avanços e retrocessos, a importância dada à educação e capacitação de mulheres; mulheres no poder e liderança; mecanismos institucionais para o avanço das mulheres; direitos humanos das mulheres; direitos das meninas.</p> Josefa Martins da Conceição Maria do Rosário de Fátima Andrade Leitão Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-04 2022-07-04 1 27 232 253 10.29148/labor.v1i27.80565 Feminismo e a Política de Enfrentamento a Violência Contra Mulher no Município de Aracaju/SE http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/80700 <p>O presente trabalho aborda a contribuição da luta feminista para a formulação de políticas públicas voltadas ao enfrentamento à violência contra mulher além de analisar a atual situação da violência doméstica no município de Aracaju/SE. Adotou-se como método o materialismo histórico-dialético por permitir uma compreensão da totalidade que circunda o objeto de estudo em conjunto com a vertente teórica feminista. O artigo foi construído a partir de uma pesquisa exploratória com base bibliográfica e documental, teve como objetivo refletir as contribuições do movimento feminista para as políticas públicas voltadas a proteção da mulher e analisar a política de enfrentamento a violência doméstica no munícipio de Aracaju/SE, dando destaque as suas formas de enfretamento por meio da Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres. Foi possível verificar que a luta foi e é fundamental para a construção de políticas de enfrentamento a violência contra mulher e que no munícipio de Aracaju/SE a violência doméstica tem maior índice de notificações nos bairros mais sócio vulneráveis, mas isso não significa que os bairros de melhores condições sociais estejam isentos de notificações. A Coordenadoria de políticas públicas para mulheres do munícipio de Aracaju desempenha papel relevante no enfrentamento à violência contra mulher e tem vivenciado desafios referentes à ausência de infraestrutura da instituição e a precarização do trabalho o que inviabiliza a materialização e consolidação da Coordenadoria de políticas públicas para mulheres. &nbsp;</p> Weslany Thaise Lins Prudêncio Elissandra Barboza Santos Mariano Milena Fernandes Barroso Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-04 2022-07-04 1 27 254 275 10.29148/labor.v1i27.80700 Memórias de Empoderamento Feminino a partir de Políticas Públicas de Preservação da Renda de Bilro http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/80708 <p>Este trabalho tem como objetivo compreender a relação entre políticas culturais, transmissão de saberes e desigualdade de gênero no campo do artesanato. Para isso, foram entrevistadas mulheres que trabalham com renda de bilro no município de Poço Redondo, no estado de Sergipe. Este trabalho foi feito a partir de pesquisa documental e o relato oral de algumas rendeiras sobre si mesmas e sua relação com a produção de renda de bilro no município e de como este trabalho, desenvolvido conjuntamente com uma série de políticas públicas federais, estaduais e municipais, influenciou suas vidas. Como resultado, foi possível perceber que as ações públicas envolvidas na transmissão dos saberes artesanais das rendeiras foram essenciais no aumento do empoderamento e na melhoria das vidas das mulheres entrevistadas.</p> Flávia Lopes Pacheco Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-04 2022-07-04 1 27 276 294 10.29148/labor.v1i27.80708 Construindo Pontes e Diálogos: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/78716 <p>Este texto problematiza resultados parciais de recente investigação com base em <em>uma </em>revisão crítica documental referente à produção cientifica nacional de programas de pós-graduação em Odontologia de 2018-2021<em>, </em>disposta no banco de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Foi estabelecida uma interlocução entre as Ciências Humanas, Educação, e Saúde no campo da Odontologia área fundada nas Ciências Naturais. A produção científica brasileira no campo da Odontologia, historicamente, tem trabalhado numa visão cartesiana, com um conceito universal de homem construído na cultura, e a categoria sexo como dispositivo de hierarquização dentro de uma divisão binária e heterossexual hegemônica, cuja neutralidade tem sido questionada na literatura científica da saúde. A abordagem da diversidade em uma perspectiva interseccional (marcadores<em> gênero, classe, </em>etnicidade/raça idade/geração e orientação sexual outros), ainda não atinge a prática concreta de dentistas. Há muito ainda o que fazer em todos esses espaços mesmo se consideradas as limitações do estudo que teve como base documental e bibliográfica exclusiva, o banco de dissertações e teses da CAPES.</p> Karina Santana Cruz Maria Helena Santana Cruz Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-05 2022-07-05 1 27 295 317 10.29148/labor.v1i27.78716 Ensino Comercial: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/72316 <p>O presente artigo tem como temática central a história da instituição escolar Colégio Comercial Visconde de Cairu, no recorte histórico de 1954 a 2002, que corresponde ao seu período de funcionamento. Estabelecida na cidade de São Paulo, no bairro do Belenzinho, esta instituição educacional perpassou diversas fases da história educacional brasileira e uma série de mudanças legislativas, sendo sua trajetória marcante no processo evolutivo do ensino comercial no Brasil. Proposta a partir do referencial da dialética marxista investigativa, a história da instituição aqui apresentada se propõe ao estudo do todo a partir de particularidades, ilustrando mudanças na história da educação e a influência delas no desenvolvimento da escola de nível médio até os dias atuais.</p> Alessandra Maria Martins Gaidargi Garutti Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-05 2022-07-05 1 27 318 346 10.29148/labor.v1i27.72316 Educomunicação como forma de resistência às adversidades atuais e integração da comunidade escolar da periferia http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/71785 <p>O presente trabalho faz parte de uma pesquisa realizada na Escola Estadual Manoel Cavalcanti Proença, localizada na periferia de Cuiabá, capital de Mato Grosso, com estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, em 2020. Sob a óptica da evasão escolar em tempos desafiadores, o artigo apresenta o paradigma educomunicação como caminho para envolver os estudantes através de uma iniciativa intitulada Mural “Árvore da Esperança”, na qual produções de desenhos, textos e poesias foram motivadas a elaboração em resposta à pergunta: “O que você espera do pós-pandemia”. A pesquisa também expõe ações que a escola pública elencou para atender os estudantes no período do isolamento social, com a suspensão das aulas presenciais. Neste contexto da pandemia da Covid-19, realizou-se a ação que une duas grandes áreas do conhecimento, com reflexões baseadas em autores da educação e da comunicação. Apesar da evasão escolar ser realidade das escolas de todo país, o momento pandêmico potencializou a infrequência de crianças e adolescentes na rotina escolar, cujas aulas ocorrem de forma remota, por aplicativos de conversação pela internet, ou por apostilas, em todas as escolas da rede estadual de ensino de Mato Grosso. A ação educomunicativa se apresentou como uma alternativa para mobilizar os estudantes a continuarem motivados a fazer parte das aulas e criar ecossistemas comunicativos com partilhas de saberes e experiências.</p> Marcela Cristiane Ribeiro Brito Ronaldo Eustáquio Feitoza Senra Thiago Cury Luiz Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-06 2022-07-06 1 27 347 360 10.29148/labor.v1i27.71785 Equidade Racial http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/72124 <p>O presente artigo tem por objetivo problematizar o termo <em>afroconveniência</em>, e discutir a forma como essa, mesmo que tomada a partir de uma ação individual, tem impactado diretamente a efetivação correta de políticas afirmativas como é o caso da Lei &nbsp;&nbsp;nº&nbsp;12.711/2012. Propomos debater não somente como a <em>Afroconveniência</em> tem se mostrado presente em concursos e processos seletivos, mas também a maneira como as instituições vítimas desse tipo de fraude têm papel fundamental no tratamento das denúncias. Ao final defende-se entre outros aspectos o combate a carência que ainda temos de um sistema de fato homogêneo e democrático, que possibilite uma verificação não somente pautada nos aspectos físicos, mas que seja conduzida por uma banca de fato especializada e conhecedora dos distintos contextos e realidades do Brasil, que legitime a legislação e que cobre tanto sua aplicabilidade, como também averigue seus desvios. &nbsp;Esperamos que o presente artigo possa contribuir com novas pesquisas e discussões sobre o tema, o qual ajuda a estimular o estudo e diálogo sobre a equidade de direitos do povo brasileiro.</p> Fábio Júnio Barbosa Santos Jaciely Soares da Silva Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-07 2022-07-07 1 27 361 383 10.29148/labor.v1i27.72124 Jogo digital educativo no universo da leitura e escrita de crianças: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/72058 <p>Os jogos digitais educativos podem beneficiar a ação pedagógica e propiciar subsídios para o processo de leitura e escrita. Sendo assim, este artigo tem como objetivo investigar&nbsp;as contribuições do&nbsp;aplicativo educacional “Soletrando” no&nbsp;processo de leitura e escrita de crianças do&nbsp;5.º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública&nbsp;da cidade de Manaus&nbsp;–&nbsp;AM. A pesquisa teve uma abordagem qualitativa, realizada por meio de uma intervenção pedagógica, com alunos que apresentavam dificuldade na leitura e escrita. O resultado obtido, com o jogo digital “Soletrando”, foi que ele pode facilitar o interesse dos discentes e melhorar os resultados no processo de leitura e escrita de maneira lúdica e divertida. Diante disso, percebe-se a importância do professor para mediar a inserção dos <em>softwares </em>no processo de ensino e aprendizagem, através de uma didática dinâmica em sala de aula e em outros ambientes educacionais. Evidencia-se a necessidade de investimento em formação contínua para docentes, implantação de tecnologias digitais e conectividade para todas as escolas do Brasil, o que ainda é utopia, principalmente na periferia da capital amazonense e nos interiores do estado.</p> Rosângela Maria de Oliveira Silva Alexandra Nascimento de Andrade Felipe da Costa Negrão Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-08 2022-07-08 1 27 384 398 10.29148/labor.v1i27.72058 Possibilidades e Desafios para Implementação das Proposições da BNCC para o Ensino da Leitura na Educação Profissional e Tecnológica em Tempos de Pandemia http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/72057 <p>A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), traz mudanças no entendimento da Leitura e do seu ensino, todavia sua implementação ainda enfrenta adversidades, posto que os educadores ainda não tem uma compreensão clara, teórica e metodológica de como implementar localmente suas proposições. Assim, objetivou-se analisar quais as possibilidades e desafios para implementação das proposições da BNCC para o ensino da Leitura em tempos de pandemia, além de analisar o Ensino Médio, Profissional e Tecnológico dentro da perspectiva da BNCC. Para verificar tais possibilidades utilizou-se a pesquisa bibliográfica e documental. Percebeu-se que a implementação da BNCC é um processo inerentemente complexo e, coincidindo com o período de implementação, a pandemia trouxe desafios ainda maiores. No entanto, apesar dos desafios muitos, a BNCC conseguiu encontrar uma forma de contornar os obstáculos e segue com o processo de implementação mesmo diante das adversidades.</p> Vanilda Salustiano da Silva Rivadávia Porto Cavalcante Jair José Maldaner Marcelo Rythowem Mary Lúcia Gomes Silveira de Senna Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-08 2022-07-08 1 27 399 419 10.29148/labor.v1i27.72057 Entre Saberes e Fazeres: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/72048 <p>No contexto da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), fazem-se reflexões acerca das relações diretas que vivências e experiências adquiridas ao longo da vida profissional, podem definir a atual situação do sujeito que é professor. Partiu-se, então, da perspectiva frente à falta de formação para a docência na EPT, bem como, a não obrigatoriedade da formação em licenciatura para exercer tal papel. A pesquisa tem como objetivo investigar como ocorre a formação de professores de escolas técnicas privadas atuantes em cursos técnicos da área da saúde. E, por meio desse aprofundamento nas histórias de vida, pretende-se discorrer a trajetória de formação dos professores, verificando o que eles identificam como realização profissional docente. Quanto aos aspectos metodológicos, será realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa, fazendo uso do método História Oral de Vida (HOV) de Meihy e Holanda (2007) e, para análise dos dados, propõe-se a Análise Textual Discursiva de Moraes e Galiazzi (2006). Farão parte da pesquisa professores de cursos da saúde atuantes em duas escolas técnicas da rede privada do município de Santa Maria-RS, que por meio de entrevista pré-agendada, irão discorrer sobre sua trajetória de vida profissional. Assim, a partir do processo de autorreflexão, estima-se promover ao professor um momento potente para contribuir para seu desenvolvimento profissional docente, o que pode fomentar a investidura em cursos de aperfeiçoamento, leituras e demais atividades.</p> Suzel Lima da Silva Francisco Nilton Gomes de Oliveira Amara Lúcia Holanda Tavares Battistel Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-08 2022-07-08 1 27 420 439 10.29148/labor.v1i27.72048 Práticas educativas em espaço não formal de educação: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/71391 <p align="justify"><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">Na concepção do Ensino Médio Integrado – onde o ensino é entendido em seu sentido amplo — o ambiente escolar, espaço formal de educação, é parte de uma totalidade. Então, depreende-se que o conhecimento está presente para além da escola. </span></span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">Este artigo tem como objetivo apresentar os arquivos públicos como espaço não formal. Dessa forma, busca-se conhecer as práticas pedagógicas realizadas por instituições arquivísticas públicas brasileiras. Quanto aos</span></span></span></span><span style="color: #111111;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"> procedimentos metodológicos, trata-se de uma pesquisa exploratória e utilizam-se como técnicas de pesquisa a revisão bibliográfica e a análise documental.</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR"> Para isso, estabelece-se </span></span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">como fonte de coleta de dados a Revista Acervo, do Arquivo Nacional, volume 18, sobre o tema Educação, e o volume 25, referente à Difusão Cultural em Arquivos. Bem como, f</span></span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">oram analis</span></span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">ados</span></span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR"> os sítios eletrônicos de arquivos públicos brasileiros, sendo uma instituição da esfera federal e duas estaduais. Foram destaques do estudo o Arquivo Nacional, o Arquivo Público do Estado de São Paulo e o Arquivo do Estado do Rio Grande do Sul. </span></span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">Conclui-se</span></span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR"> qu</span></span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">e as instituições arquivísticas públicas brasileiras já realizam exposições, visitas técnicas, oficinas, lançamentos de livros, entre outras ações. Dessa forma, abertas a convivência da diversidade, podem ser utilizados para a prática educativa. Ser um lugar de produção de conhecimento escolar. Ser um lugar de produção de conhecimento escolar. Onde o professor, tendo habilidades e o compromisso político, poderá transformar os documentos em recursos didáticos.</span></span></span></span></span></p> Décio de Santana Filho Fábio Francisco de Almeida Castilho Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-09 2022-07-09 1 27 440 455 10.29148/labor.v1i27.71391 A função social da Escola Normal no tempo presente http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/78305 <p>O presente artigo tem como objetivo compreender a função social da Escola Normal no tempo presente. Para tanto, foi realizada uma pesquisa empírica com estudantes egressas de uma escola desta modalidade, vinculada à Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC-RJ). Procurou-se investigar o destino profissional e acadêmico dessas jovens egressas formadas por tal instituição, sobretudo se estão exercendo o magistério. Qual seria a relevância social de uma formação de professores em nível médio no tempo histórico de terceira década do século XXI? Embora a modalidade formativa esteja comprimida pela legislação educacional brasileira a não mais existir a médio ou longo prazo, concluímos que as jovens professoras formadas pela Escola Normal ainda cumprem um papel de formar uma força de trabalho que será destinada a atuar em escolas privadas periféricas ou para assumirem funções deslocadas de sua formação e que possuam menor remuneração salarial.</p> Bruno Gawryszewski Thiago Hastenreiter Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-09 2022-07-09 1 27 456 476 10.29148/labor.v1i27.78305 O sujeito médio e a personalidade autoritária http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/78366 <p>O artigo proposto se dispõe a dar uma parcela de contribuição ao entendimento relacionado à concordância e anuência de uma parte significativa da sociedade aos ideais autoritários. Tomaremos como referencial teórico central os estudos de Theodor Adorno quanto a existência de um potencial autoritário em indivíduos potencialmente voltados a uma personalidade autoritária. Potencial este que serviria de base de sustentação para a difusão e edificação dos ideais de governos de caráter autoritário. Em vista de tal análise a psicanálise coloca-se como instrumento de grande valia ao auxiliar no entendimento da relação entre o contexto social e coletivo vivido pelo sujeito e sua perspectiva ideológica. Estas relações, calcadas no poder da propaganda de massas, irão dar o tom da tendência dos grupos sociais em apoiar o autoritarismo. Consequentemente, para corroborar com esta abordagem, será imprescindível contar com os estudos ligados ao comportamento das massas de Sigmund Freud e Wilhelm Reich.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;</p> Demétrio Alves de Melo Océlio Jackson Braga Enéas de Araújo Arrais Neto Eduardo Ferreira Chagas Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-10 2022-07-10 1 27 477 500 10.29148/labor.v1i27.78366 As plataformas de delivery e a relação entre os “parceiros subcontratados” http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/81017 <p>O estudo é parte do projeto de pesquisa intitulado “Trabalho, Violência e Cidadania”. O objetivo foi analisar a relação dos motoboys com os “atores sociais” envolvidos na rede de subcontratação forjada pelas empresas-plataformas. A investigação se desenvolveu na cidade do Natal/RN e se fundamentou em dados primários recolhidos junto a vinte e dois (22) entregadores que prestam serviços para distintos aplicativos de delivery e em uma (1) entrevista com uma ex-funcionária terceirizada da empresa subcontratada pelo iFood, além de uma bibliografia afeita à temática. Os depoimentos desses trabalhadores expuseram não somente os atores sociais envolvidos na dinâmica de um serviço de entrega, como também o nível de sociabilidade que se estabelece entre eles no cotidiano laboral. Constatou-se que a relação que se institui entre os “parceiros” implicados no serviço de entrega nem sempre é harmoniosa, aliás, algumas vezes, é marcada “por descasos, por humilhações, pela indiferença e pelo desrespeito”, conforme se pôde identificar nos relatos dos trabalhadores.</p> Ana Patrícia Dias Sales Francisco José Lima Sales Cesar Sanson Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-10 2022-07-10 1 27 501 519 10.29148/labor.v1i27.81017 A Educação sob vigilância da personalidade autoritária http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/81137 <p>Este artigo debruça-se nos recentes desdobramentos políticos no Brasil e a ressonância desse fenômeno na educação. O referencial teórico liga-se aos estudos de Theodor Adorno, Hannah Arendt e Sigmund Freud acerca do caráter autoritário do governante. Ligam-se práticas que visam à construção do líder autoritário, traçando uma linha reflexiva com a concepção de massificação ideológica. Agrega-se o entendimento de personalidade autoritária, de propaganda totalitária e da psicologia das massas, trazendo elementos à percepção da irracionalidade e sua capacidade massificadora. Como resultados obtidos, é notório o caráter receptivo de parte da sociedade ao ideal antidemocrático e anticientífico da educação.</p> <p><strong>&nbsp;</strong></p> Erika Martins Araújo Demetrio Alves de Melo Eneas de Araújo Arrais Neto Elenilce Gomes de Oliveira Copyright (c) 2022 Revista Labor http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2022-07-11 2022-07-11 1 27 520 544 10.29148/labor.v1i27.81137