Feminismo e a Política de Enfrentamento a Violência Contra Mulher no Município de Aracaju/SE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29148/labor.v1i27.80700

Palavras-chave:

Feminismo. Violência doméstica. Formas de enfrentamento

Resumo

O presente trabalho aborda a contribuição da luta feminista para a formulação de políticas públicas voltadas ao enfrentamento à violência contra mulher além de analisar a atual situação da violência doméstica no município de Aracaju/SE. Adotou-se como método o materialismo histórico-dialético por permitir uma compreensão da totalidade que circunda o objeto de estudo em conjunto com a vertente teórica feminista. O artigo foi construído a partir de uma pesquisa exploratória com base bibliográfica e documental, teve como objetivo refletir as contribuições do movimento feminista para as políticas públicas voltadas a proteção da mulher e analisar a política de enfrentamento a violência doméstica no munícipio de Aracaju/SE, dando destaque as suas formas de enfretamento por meio da Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres. Foi possível verificar que a luta foi e é fundamental para a construção de políticas de enfrentamento a violência contra mulher e que no munícipio de Aracaju/SE a violência doméstica tem maior índice de notificações nos bairros mais sócio vulneráveis, mas isso não significa que os bairros de melhores condições sociais estejam isentos de notificações. A Coordenadoria de políticas públicas para mulheres do munícipio de Aracaju desempenha papel relevante no enfrentamento à violência contra mulher e tem vivenciado desafios referentes à ausência de infraestrutura da instituição e a precarização do trabalho o que inviabiliza a materialização e consolidação da Coordenadoria de políticas públicas para mulheres.  

Biografia do Autor

Weslany Thaise Lins Prudêncio, Universidade Federal de Sergipe - UFS

Discente em Serviço Social pela Universidade Federal de Sergipe. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Fundamentos, Formação em Serviço Social e Políticas Sociais (GEPSSO), desde 2019. Participante, durante o período de 2020-2021, da iniciação científica voluntária do projeto: Produção de conhecimento do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social: análise das dissertações defendidas em 2019. Participante, na condição de estagiária durante o período de 2021, do projeto de extensão: O CONSELHO ESCOLAR COMO PROTAGONISTA DA AUTO GESTÃO FINANCEIRA DA ESCOLA. Participou no período de 2019-2020 da iniciação científica bolsista do projeto de pesquisa: PESQUISA E PESQUISADORES EM SERVIÇO SOCIAL NA REGIÃO NORDESTE: PERFIL, RECURSOS E SUBSÍDIOS À FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS. Realizou estágio não obrigatório na S.O.S. VIDA/ Sergipe.

Elissandra Barboza Santos Mariano , Prefeitura Municipal de Aracaju

Assistente Social (SEMFAS/Coordenadoria Municipal de Política para Mulheres), Prefeitura Municipal de Aracaju.

Milena Fernandes Barroso, Universidade Federal de Sergipe e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Sustentabilidade da Amazônia (PPGSS/Ufam)

Graduada em Serviço Social pela Universidade Estadual do Ceará (2002), mestre em Serviço Social pela Universidade Federal do Amazonas -Ufam (2011) e doutora em Serviço Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2018), com estágio doutoral na Universidade do Québec, Canadá (2015) e estágio PROCAD no PPGPS/UnB (2017). Professora do curso de Serviço Social da Universidade Federal de Sergipe e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Sustentabilidade da Amazônia (PPGSS/Ufam). Tem experiência na área de Serviço Social, com ênfase em Serviço Social, Relações de exploração/opressão de gênero, étnico-raciais e classe. Realiza pesquisa nos seguintes temas: violência contra mulheres, feminismo, serviço social e questão indígena.

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Publicado

2022-07-04

Como Citar

PRUDÊNCIO, Weslany Thaise Lins; MARIANO , Elissandra Barboza Santos; BARROSO, Milena Fernandes. Feminismo e a Política de Enfrentamento a Violência Contra Mulher no Município de Aracaju/SE. Revista Labor, [S. l.], v. 1, n. 27, p. 254–275, 2022. DOI: 10.29148/labor.v1i27.80700. Disponível em: http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/80700. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê

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