Signos sob efeito de um poderoso psicotrópico

Bacurau como sismógrafo

Autores

  • Fábio Sadao Nakagawa Universidade Federal da Bahia
  • Camila Oliver Universidade do Estado da Bahia
  • Lidiane Pinheiro Universidade do Estado da Bahia
  • Marcelo Ribeiro Universidade Federal da Bahia
  • Renata Gomes Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Tarcísio de Sá Cardoso Universidade Federal da Bahia

Resumo

Este trabalho pretende elaborar uma reflexão sobre a expansão dos sentidos por meio do filme Bacurau, entendido como um texto cultural em que vibra uma intensa potência política. Assim, o artigo interroga as configurações sígnicas e os processos de semiose e enunciação que atravessam o filme, articulando-o com diferentes textos, tanto da contemporaneidade quanto de histórias e memórias que a constituem, no intuito de situar a potência política dessa obra cinematográfica. Nesse sentido, o artigo argumenta que Bacurau pode ser compreendido como um sismógrafo, na medida em que não apenas registra e representa signos da contemporaneidade e do passado, mas também oferece vislumbres de um futuro. Se a hipótese deste artigo estiver correta, a potência política que vibra em Bacurau deve ser compreendida a partir de uma perspectiva ao mesmo tempo sincrônica (a partir da relação texto-contexto), diacrônica (a partir das transformações históricas que condicionam o filme) e anacrônica (a partir de uma arqueologia da enunciação e do sensível).

Biografia do Autor

Fábio Sadao Nakagawa, Universidade Federal da Bahia

Professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. É membro do Grupos de Pesquisas ESPACC da PUC/SP do GPESC| BA. Pesquisador da área da Comunicação e Semiótica, tem como principais objetos de investigação, as linguagens cinematográfica e audiovisual e, também, a Cidade como esfera da cultura.

Camila Oliver, Universidade do Estado da Bahia

Professora Assistente do Departamento de Linguística, Letras e Artes da Universidade do Estado da Bahia. Doutora em Comunicação e Semiótica - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2020). Mestre em Estudo de Linguagens - Universidade do Estado da Bahia (2011). É membro do Grupo de Pesquisa da Bahia em Semiótica e Culturas da Comunicação (GPESC/BA).

Lidiane Pinheiro, Universidade do Estado da Bahia

Professora Titular do Curso de Bacharelado em Relações Públicas e do Programa de Pós-Graduação em Estudo de Linguagens da Universidade do Estado da Bahia. Doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela UFBA. Autora do livro "A construção do Acontecimento histórico: o discurso do jornal O Estado de S. Paulo sobre a guerra de Canudos e sobre as comemorações do seu centenário" (Salvador: Edufba, 2015).

Marcelo Ribeiro, Universidade Federal da Bahia

Professor Adjunto de História e Teorias do Cinema e do Audiovisual, na Faculdade de Comunicação (UFBA). Autor de Do inimaginável (Editora UFG, 2019), coordena o grupo de pesquisa Arqueologia do Sensível (http://www.arqueologiadosensivel.ufba.br/) e integra o GPESC-BA, desenvolvendo pesquisas sobre imagem, história e direitos humanos, entre outros temas. É autor e editor do incinerrante (https://www.incinerrante.com).

Renata Gomes, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Mestre e doutora pela PUC/SP com pesquisa em games e narrativas, graduada em Comunicação pela UFC e montadora de cinema e vídeo certificada pela Universidade de Nova Iorque (NUY); deu aulas na graduação de Audiovisual e coordenou a pós-graduação em Roteiro Audiovisual, ambos no Centro Universitário Senac SP; hoje é professora no Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.

Tarcísio de Sá Cardoso , Universidade Federal da Bahia

Professor Adjunto da Faculdade de Comunicação da UFBA, Doutor em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, mestre em Semiótica, atua no ensino superior, com ênfase em Teorias da Comunicação, Semiótica e Cultura Digital. É membro do Grupo de Pesquisa TransObjeto (PUC/SP) e do Grupo de Pesquisa em Semiótica e Culturas da Comunicação (GPESC| BA).

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Publicado

2021-07-29

Como Citar

Nakagawa, F. S., Oliver, C. L. ., Pinheiro, L. S. de L. ., Ribeiro, M. R. S., Gomes, R. C. L. F. ., & Cardoso, T. de S. . (2021). Signos sob efeito de um poderoso psicotrópico: Bacurau como sismógrafo. Passagens: Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Comunicação Da Universidade Federal Do Ceará, 12(1), 62–91. Recuperado de http://www.periodicos.ufc.br/passagens/article/view/70963

Edição

Seção

Dossiê Semiótica e Culturas da Comunicação