Hanseníase e representações sociais entre familiares de adolescentes com a doença

Autores

  • Fabiana Drumond Marinho Universidade Federal do Espírito Santo
  • Susilene Maria Tonelli Nardi Instituto Adolfo Lutz- São José do Rio Preto-SP http://orcid.org/0000-0003-3001-8634
  • Luziane Zacché Avellar Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Palavras-chave:

Representação social, hanseníase, parentes

Resumo

Fundamentado pela Teoria das Representações Sociais, objetivou-se analisar as representações sociais da hanseníase para familiares de adolescentes com a doença e explorar o processo de objetivação relacionando-o aos contextos de produção das representações. Realizou-se entrevista semiestruturada com 18 familiares que habitavam a mesma casa que o doente. O software ALCESTE foi utilizado e gerou sete classes. Os resultados indicaram representações revestidas de elementos valorados negativamente, as quais associaram a hanseníase a uma doença grave e perigosa, desenhando um doente em sofrimento. Há carência de informações, o que contribuiu para uma construção simbólica da doença alicerçada por crenças e hipóteses pessoais.Estabelecer encontros dialógicos eampliar a informação pode possibilitara construção de novos significados acerca do adoecer e da doença.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Susilene Maria Tonelli Nardi, Instituto Adolfo Lutz- São José do Rio Preto-SP

Terapeuta Ocupacional, Pesquisadora Científica VI do Instituto Adolfo Lutz de São José do Rio Preto, Mestre e Doutora em Ciências da Saúde- Epidemiologia. Tem experiências em hanseníase, tuberculose, reabilitação em lesões neurológicas e ortopédicas; educação em saúde, promoção, prevenção e reabilitação em das doenças de saúde pública.

Luziane Zacché Avellar, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Programa de Pós Graduação em Psicologia (PPGP)
Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento (DPSD)

Referências

Almeida , L.M.A. (2012). As moradias e as condições sociais dos casos dehanseníase:

estudo para Campos de Goytacazes entre 2002 e 2011. Dissertação demestrado Não-publicada, Programa de Pós Graduação em Planejamento e Gestão de Cidades, Universidade Candido Mendes, Rio de Janeiro.

Augusto C. S., & Souza, M. L. A. (2006). Adesão do comunicante de hanseníase à profilaxia. Saúde Coletiva, 11(03), 85-90.

Batista, T. V. G. (2014). Representações sociais do corpo para pessoas acometidas pela hanseníase: processos saúde/doença (Dissertação de Mestrado). Universidade de Taubaté, Taubaté, SP.

Brasil. (2016). Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da Hanseníase como

problema de saúde pública: manual técnico-operacional . Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; Recuperado em março 2017, de ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/hans/pdf/HANS16_Manual_Tecnico_Operacional.pdf

Cabecinhas, R. (2009). Investigar representações sociais: metodologias e níveis de análise. In M. M. Baptista (Ed.), Cultura: metodologias e investigação (pp.51-66). Lisboa: Ver o Verso Edições.

Carvalho, M.A.J., Lopes, N.T.B., Santos, K.S., Farnocchi, P.G., Tavares, C.M.( 2013).

Avaliação das incapacidades físicas em ex-portadores de hanseníase da época do

isolamento compulsório. Hansenologia Internationalis, 38(1-2), 47-55

Clémence, A., Green, E. G. T., & Courvoisier, N. (2011). Comunicação e ancoragem: a difusão e a transformação das representações. InA. M. O. Almeida, M. F. S. Santos & Z. A. Trindade (Orgs.), Teoria das representações sociais – 50 anos (pp. 585-623). Brasília: Technopolitik.

Cid, R.D.S., Lima, G.G. , Souza, A.R., Moura, A.D.A. (2012). Percepção de usuários

sobre o preconceito da hanseníase. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste,

(5), 1004-14

Düppre, N.C., Camacho, L.A.B., Sales, A.M., Illarramendi, X., Nery, J.A.C., Sampaio,

E.P.,Sarno, E.N., Bührer-Sékula, S. (2012) Impact of PGL-I Seropositivity on the

Protective Effect of BCG Vaccination amongLeprosy Contacts: A Cohort Study.

PLOS Neglected Tropical Diseases 6(6): e1711. Recuperado em março de 2017 de

https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0001711

Ferreira, I. L. C. S. N., Ferreira, I. N., & Morraye, M. A. (2012). Os contatos de portadores de hanseníase em Paracatu (MG): perfil, conhecimentos e percepções. Hansenologia Internationalis, 37(1), 35-44.

Jodelet, D. (1998). Representações do contágio e a Aids. In D. Jodelet & M. Madeira, (Orgs.), Aids e representações sociais: a busca de sentidos (pp. 17-45). Natal: EDUFRN.

Jodelet, D. (2001). As representações sociais: um domínio em expansão. In D. Jodelet, As representações sociais (pp. 17-44). Rio de Janeiro: EDUERJ.

Jovchelovitch, S. (2008). Os contextos do saber: representações, comunidade e cultura. Rio de Janeiro: Vozes.

Kil, A.K., Silvestre, C.M., Kaminice, L.M., Lima, L.B., Pa¬ranhos, M.B., Voss, T.H.,

Cunha,A.C.R.S., Maineti, D.A.M., Goulart, I.M.B. (2012). Deficiências e

Incapacidades por Hanseníase: avaliação clínica e epidemiológica dos pacientes

atendidos em um Centro de Refe¬rência Nacional do Brasil. Hansenologia

Internationalis, 31(1), 25-33.

Kronberger, N., & Wagner, W. (2002). Palavras-chave em contexto – análise estatística de textos. In M. W. Bauer & G. Gaskell (Orgs.), Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som (pp. 416-441). Petrópolis, RJ: Vozes.

Lobato, D. C., Neves, D. C. O. & Xavier, M. B. (2016). Avaliação das ações da

vigilância de contatos domiciliares de pacientes com hanseníase no Município de

Igarapé-Açu, Estado do Pará, Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, 7(1), 45

Recuperado em 05 de maio de 2017, de

http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S217662232016000100006&lng=pt&tlng=pt

Mattos, D. M., & Fornazari, S. K. (2005). A lepra no Brasil: representações e práticas de poder. Cadernos de Ética e Filosofia Política, 6(1), 45-57.

Moscovici, S. (1976). La psychanalyse, son image et son public. Paris: PUF.

Moscovici, S. (2012). Representações sociais: investigações em psicologia social (9a ed.). Rio de Janeiro: Vozes.

Noriega, L. F., Chiacchio, N. D., Noriega, A. F., Pereira, G. A. A. M., & Vieira, M. L.

(2016). Leprosy: ancient disease remains a public health problem nowadays. Anais

Brasileiros de Dermatologia, 91(4), 547-548.

https://dx.doi.org/10.1590/abd1806 4841.20164861

Oliveira, D. C. (2005). O conceito de necessidades humanas e de saúde e sua articulação ao campo das representações sociais. In D. C. Oliveira & P. H. F. Campos (Orgs.), Representações sociais - uma teoria sem fronteiras (pp. 119-139). Rio de Janeiro: Museu da República.

Pinto Neto, J. M. (2004). A percepção dos comunicantes intradomiciliares de doentes de hanseníase sobre a doença, o convívio com o doente e o controle realizado pelo serviço de saúde (Tese de Doutorado). Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Raffe, S. F., Thapa, M., Khadge, S., Tamang, K., Hagge, D., & Lockwood, D. N. J.

(2013). Diagnosis and Treatment of Leprosy Reactions in Integrated Services –

The Patients’ Perspective in Nepal. PLoS Neglected Tropical Diseases, 7(3),

e2089. Recuperado em 02 de maio de 2017, de

http://doi.org/10.1371/journal.pntd.0002089.

Reinert, M. (1990). Alceste, une methodologie d‘analyse des donnees textuelles et une application: Aurelia de Gerard de Nerval. Bulletin de Methodologie Sociologique, 26, 24-54.

Silva R.C.P., Guisard, C..L.M.P., Metello, H.N., Ferreira, M.E., Marzliak, M.L.C.,

Clemente,T.M.G. (2013). Sonhos interrom¬pidos, caminhos desviados: marcas

amenizadas por pensões. Hansenologia Internationalis, 38(1-2), 3-13.

Sousa, L. M., Maranhão, L. C., Pires, C. A. A., & Rodrigues, D. M. (2013). Conhecimento sobre hanseníase de contatos intradomiciliares na Atenção Primária em Ananindeua, Pará, Brasil. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 8(26), 20-23.

Temoteo, R.C.A., Souza, M.M., Farias, M.C.A.D., Abreu, L.C., Martins Netto, E.

(2013). Hanseníase: avaliação em contatos intradomiciliares. Arquivos Brasileiro

de Ciencias da Saude ABCS Health Sciences. 38(3):133-141

World Health Organization – WHO (2016). Global Leprosy Update, 2015:time for

action, accountability and inclusion. Weekly epidemiological record. 35 (91)

Recuperado em abril 2017, de

http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/249601/1/WER9135.pdf?ua=1

Downloads

Publicado

2018-07-01

Como Citar

Marinho, F. D., Nardi, S. M. T., & Avellar, L. Z. (2018). Hanseníase e representações sociais entre familiares de adolescentes com a doença. Revista De Psicologia, 9(2), 40–49. Recuperado de http://www.periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/19976

Edição

Seção

Artigos