Representação social da violência contra as mulheres: revisão sistemática dos estudos no Brasil / Social representation of violence against women: a systematic review of studies in Brazil

Autores

Resumo

A relevância da Teoria das Representações Sociais no campo da Psicologia é indiscutível, por possibilitar a análise dos fenômenos de relevância social. Este trabalho apresenta os resultados de uma revisão sistemática sobre a violência contra as mulheres à luz das representações sociais. O levantamento foi realizado no portal da CAPES para dissertações e teses, e plataformas BVS-Psicologia, e MEDLINE, para artigos científicos. As análises realizadas nesses universos tiveram por suporte os textos dos resumos das dissertações e teses, e os textos completos dos artigos disponíveis nas plataformas escolhidas, restritos à produção do período de 2013 a 2016. As leituras realizadas permitem endossar que os estudos sobre a violência contra as mulheres baseiam-se raramente na Teoria das Representações Sociais, tendo sido encontrado um volume muito pequeno de produção na área do conhecimento destacada, que foi a Psicologia. Compreendemos que questões relacionadas ao fenômeno da violência contra as mulheres podem ser discutidas, face à importância das representações sociais das mulheres em situação de violência, dos homens agressores, dos/as profissionais, entre outros atores que compõem a rede de enfrentamento da violência contra a mulher.

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Biografia do Autor

Kalline Flávia Silva de Lira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutoranda em Psicologia Social, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Mestre em Direitos Humanos, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Psicóloga.

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Publicado

2019-07-01

Como Citar

Lira, K. F. S. de. (2019). Representação social da violência contra as mulheres: revisão sistemática dos estudos no Brasil / Social representation of violence against women: a systematic review of studies in Brazil. Revista De Psicologia, 10(2), 25–36. Recuperado de http://www.periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/32387