Histórico da normatização da telessaúde e os impactos da regulação da teleconsultoria na atenção primária em Minas Gerais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36517/resdite.v5.n2.2020.a5

Palavras-chave:

Teleconsultoria, Regulação, Atenção Primária

Resumo

Introdução: A teleconsultoria tem inúmeros benefícios e seu uso melhora e qualifica o atendimento dos pacientes, mas é preciso discutir as suas condições de uso dentro da estrutura de normatização, com o propósito de integrar o sistema na prática. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com análise de indicadores antes e depois de uma intervenção, e aplicação de questionário estruturado em profissionais de saúde e Teleconsultores. Resultados: Foram analisadas 6.232 teleconsultorias. Foi possível afirmar que a resolução aumentou a utilização desse método de atendimento, porém identificou-se uma baixa qualidade do mesmo. A categoria profissional que mais as utilizou foram os enfermeiros, 39,83% do total. Foram requisitadas 36 áreas da saúde. Dos 143 profissionais que responderam o questionário, 36,36% eram enfermeiros; o acesso eletrônico mais utilizado foi o celular, com 61,53% das respostas e, dos 13 Teleconsultores que responderam o questionário, identificou-se que raramente as teleconsultorias foram formuladas com dados completos. Conclusão: Os dados encontrados neste estudo sugerem a realidade do estado de Minas Gerais. A baixa utilização da teleconsultoria é um panorama da demanda nacional, sendo necessários investimentos para promoção e divulgação das práticas de Telessaúde e ações multifacetadas no enfrentamento dos problemas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Wanessa Vinhal, Universidade Federal de São João del Rei Campus Centro Oeste

Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Administração e Telessaúde, participo do grupo de pesquisa de Tecnologias em saúde, também faço parte da Equipe Executora de Pesquisadores do Projeto Rede Minas Telecárdio - Projeto REDE da FAPEMIG. Participa como técnico no Grupo de Pesquisa do CNPq em Epidemiologia e Avaliação de Novas Tecnologias em Saúde - GPEANTS, da Universidade Federal de São João Del-Rei/CCO e do Núcleo de Pesquisas em Epidemiologia e Saúde Coletiva, do(a) Universidade Federal de São João Del-Rei/CCO, também sou membro do grupo de pesquisa Telemedicina e Telessaúde da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ. Tem experiência em Administração na área de Telessaúde e tecnologias em saúde. 

Denizar Vianna Araújo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Possui Graduação em Medicina (1989), Residência em Medicina Interna (1992), Mestrado em Medicina (Cardiologia) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1995), MBA pelo COPPEAD / Johns Hopkins University (1998) e Doutorado em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2004). Possui capacitação em Prática Clínica Baseada em Evidências pelo método da McMaster University (2006). ATIVIDADE PROFISSIONAL E POSIÇÕES ATUAIS: Professor Associado da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Pesquisador do Comitê Gestor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Avaliação de Tecnologias em Saúde (IATS) CNPq/Brasil. Member Editorial Advisory Board of The Value in Health Regional Issues. Tem experiência na área de Economia da Saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: Epidemiologia Clínica, Avaliação de Tecnologia em Saúde e Farmacoeconomia.

Renata Nunes Aranha, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Empreendedora da startup Scients, cofundadora da ATOL Ventures, cofundadora da ENTROPIA. Possui Pós-doutorado pela Universidade Federal Fluminense, na área de educação, doutorado em Saúde Coletiva na área de epidemiologia, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2006), mestrado em Saúde Coletiva na área de epidemiologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2002), e graduação em medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1997). É professora adjunta de Ginecologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (admissão em 2002). Pós doutora em Educação, Doutora em Saúde Pública, Mestre em epidemiologia, residência em ginecologia e obstetrícia, Médica. Professora Associada da UERJ. Faz parte do corpo permanente do mestrado profissional em telemedicina e telessaúde da UERJ, coordenando a disciplina de Inovação em Saúde e do Programa Pró-pet Saúde e Subchefe do Departamento Materno-infantil. Orientadora do PGCM (Programa de Pós Graduação em Ciências Médicas) na linha de informação e educação em saúde. Fundou a empresa Koan - com a coordenação e construção do projeto do curso de medicina da PUC-Rio e publicação do livro "Graduação médica contemporânea" como autora. Foi sócia-diretora de soluções educacionais e desenvolvimento de novos produtos na startup IBDL - simulação realística. Foi coordenadora de extensão na UERJ e na Universidade Celso Lisboa, onde implementou modelo de gestão para cursos livres e projetos sociais. Atuou na implementação da abertura de novos cenários na Unigranrio. Foi vice-Coordenadora de graduação da UERJ. Desenvolveu projeto de simulação realística via edital FAPERJ para UERJ. Fundadora do Programa Plus-saúde "empresa júnior" de saúde. Tem mais de 20 anos de experiência e diversas publicações na área de Medicina, atuando principalmente nos seguintes temas: educação médica, saúde da mulher, saúde comunitária e escolas de ensino superior da área da saúde.  

Referências

Piropo TGN, Amaral HOS. Telessaúde, contextos e implicações no cenário baiano. Saúde debate [Internet]. 2015 Mar [cited 2019 Oct 15] ; 39( 104 ): 279-287. [Acesso em 10 de maio de 2016]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/0103-110420151040413.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Ciência e Tecnologia. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

Organização Mundial de Saúde [internet]. Tecnologia em Saúde [Acesso em 10 de maio de 2016]. Disponível em: http://www.who.int/goe/en/.

Cruz ELD, Silva KCL. Telessaúde. In: Associação Brasileira de Enfermagem; Kalinowski, CE; Crozeta K; Costa, MFBNA, organizadores. PROENF Programa de Atualização em Enfermagem: Atenção Primária e Saúde da Família: Ciclo 5. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2016. p. 121-53.

Pereira CCA, Machado CJ. Telessaúde no Brasil – conceitos e aplicações. Ciênc. Saúde coletiva [Internet]. 2015. Oct. 20( 10 ): 3283-3284. [Acesso em 10 de maio de 2019]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015209.07082015.

Hersh WR, Wallace JA, Patterson PK, Shapiro SE, Kraemer DF, Eilers GM, et al. Telemedicina para a População do Medicare: Intervenções domiciliares pediátricas, obstétricas e clínicas indiretas. Rockville (MD). Evid Rep Technol Assess (Summ). 2001; Suplemento (24): 1-32. [Acesso em 10 de maio de 2017]. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4781006/.

Silva, AB, Carneiro ACMG, Sindico SRF. Regras do Governo Brasileiro sobre Serviços de Telessaúde: Revisão Integrativa. Rev. planejamento e políticas públicas. n. 44, p. 167-188. 2015.[Acesso em 10 de maio de 2016].

Minas Gerais. Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (Brasil). Resolução 5.246. Estabelece as normas gerais de adesão, execução, acompanhamento, controle e avaliação da concessão de incentivo financeiro para co-financiamento da Atenção Primária à Saúde. Diário Oficial da União 13 de abril 2016.

Alkmim MB, Marcolino MS, Figueira RM, Sousa L, Nunes MS, Cardoso CS, Ribeiro AL. Factors associated with the use of a teleconsultation system in Brazilian primary care. Telemed J E Health. 2015; 21(6):473-483. [Acesso em 10 de agosto de 2018]. Disponível em:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25785650.

Damasceno RF, Caldeira AP. Fatores associados à não utilização da teleconsultoria por médicos da Estratégia Saúde da Família. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2019 Aug [cited 2019 Oct 15] ; 24( 8 ): 3089-3098. [Acesso em 29 de setembro de 2019]. Disponível em:http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232018248.28752017.

Rede de Teleassistência de Minas Gerais [homepage na internet]. Centro de Telessaúde - Hospital das Clínicas UFMG. [Acesso em 10 de agosto de 2018]. Disponível em: http://www.telessaude.hc.ufmg.br/.

Marcolino MS, et al. The Experience of a Sustainable Large Scale Brazilian Telehealth Network. Telemedicine and e-Health. 2016; 22 (11): 899-908. [Acesso em 10 de agosto de 2018]. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27167901.

Alkmim BM. Fatores associados à utilização de sistema de teleconsultoria na atenção primária de municípios remotos de Minas Gerais. Belo Horizonte. Dissertação [Mestrado Ciências da Saúde: Infectologia e Medicina Tropical]. Universidade Federal de Minas Gerais; 2010.

Barbosa IA, Silva MJP. Nursing care by telehealth: what is the influence of distance on communication?. Rev Bras Enferm [Internet]. 2017;70(5):928-34. [Thematic Edition “Good practices and fundamentals of Nursing work in the construction of a democratic society”] [Acesso em 29 de Agosto de 2018]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0142.

Cavalcante AC, Neri JG, Silva AS, Oliveira FSC, Gonçalves KS, Cortez JS. Desafios na implementação da Educação Permanente em Saúde e a enfermagem: revisão integrativa. Revista de Saúde Digital e Tecnologias Educacionais. [online], volume 03, n. 4. Fortaleza, jan/jun. 2018, p. 50- 75. [Acesso em 15 de junho de 2019]. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/resdite/index.

Weber JF, Santos ALFdos. Utilização do software ImageJ para avaliar área de lesão dermonecrótica. [online], volume 4, n. 1. Fortaleza, jan/ago. 2019, p. 120-130. [Acesso em 15 de outubro de 2019]. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/resdite/index.

Agência Nacional de Telecomunicações [internet]. Dados de Telefonia Móvel. [Acesso em 15 de janeiro de 2018]. Disponível em: http://www.anatel.gov.br/institucional/component/content/article?id=1882.

Damasceno RF, Caldeira AP. Teleconsultoria na atenção primária no norte de Minas Gerais: cenário e fatores associados à não utilização por médicos. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, [S.l.], v. 12, n. 4, dec. 2018. [Acesso em 14 de junho de 2019].Disponível em: http://dx.doi.org/10.29397/reciis.v12i4.1312.

Brasil. Portaria nº 2.554, de 28 de outubro de 2011. Institui, no Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde, o Componente de Informatização e Telessaúde Brasil Re-des na Atenção Básica, integrado ao Pro-grama Nacional Telessaúde Brasil Redes. Diário Oficial da União, 28 Out 2011.

Silva, Ednaldo Antonio (2017), A telessaúde e seus impactos na formação continuada dos profissionais de saúde em rede’, EmRede - Revista de Educação a Distância. v.4, n.1 (2017), p. 116-129. [Acesso em 10 de maio de 2018]. Disponível em: https://www.aunirede.org.br/revista/index.php/emrede/article/view/151/260.

Downloads

Publicado

2020-07-20