Liminaridade da obra de Francisco da Silva face aos modos "normais" da criação artísticas no Brasil

Autores

  • Lélia Coelho Frota IPHAN

Resumo

As especulações relativas à criatividade de conotação popular, ou a ela recorrente, tornam, como é notório, especialmente difícil e delicada uma primeira conceituação destas manifestações artísticas.

Começando por aqueles indivíduos que, fora da norma culta da nossa sociedade, e geralmente egressos da cultur:a dita popular, respondem às solicitações do existir com carga criadora excepcional, analisaremos a produção e o comportamento social dos artistas chamados "primitivos". Estes artistas, que refletem em sua obra elementos da cultura material e espiritual dos grupos em que tiveram origem, não devem entretanto ser confundidos com o artista popular, que exerce o seu ofício, como observa Jean Cuisenier, através da aprendizagem por uma hierarquia. Este último desconhece implicações de originalidade e gratuidade em arte, conforme as entendemos.

Biografia do Autor

Lélia Coelho Frota, IPHAN

É autora de inúmeros livros sobre arte e cultura brasileiras.

Seu foco de estudo é a arte brasileira, pesquisando principalmente as manifestações da arte popular. Foi diretora do Instituto Nacional do Folclore da Funarte, atual Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) do Iphan, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e diretora do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.

Em sua gestão à frente do INF, atual CNFCP, de 1982 a 1984, foi criado o programa Sala do Artista Popular.

Foi responsável pelas representações brasileiras nas Bienais de Veneza de 1978 e 1988 e curadora da exposição Brésil, Art Populaire Contemporain, no Grand Palais (Paris, 1987).

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Publicado

2020-06-16

Como Citar

Frota, L. C. . (2020). Liminaridade da obra de Francisco da Silva face aos modos "normais" da criação artísticas no Brasil. Revista De Ciências Sociais, 8(1 e 2), 205–2017. Recuperado de http://www.periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/44495