TY - JOUR AU - Lustosa, Isabel PY - 2019/10/31 Y2 - 2024/03/28 TI - Tirania e Humor no País do Homem Cordial JF - Revista de Ciências Sociais JA - RCS VL - 29 IS - 1/2 SE - Dossiê DO - UR - http://www.periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/42577 SP - 73 a 83 AB - <p>Uma panorâmica da história da caricatura brasileira, com ênfase na forma como esta tratou os nossos presidentes, notadamente aqueles que marcaram seus governos por políticas autoritárias ou mesmo tirânicas, é o tema deste artigo. Sua tese central é a de que como arma de crítica aos políticos e à política a caricatura brasileira foi, quase sempre, cordial. No panorama, evidencia-se que o humor foi sempre uma marca da imprensa brasileira e que, se o século XIX teve como principal caricaturista o italiano Ângelo Agostino, a primeira República conheceu o nascimento da verdadeira caricatura brasileira através do traço de J. Carlos, Kalixto e Raul Pederneiras. Cordial, alegre, arejada, a caricatura foi, durante a primeira metade deste século, uma das mais fortes expressões culturais brasileiras. Seus tiranos, para nossa sorte ou azar, jamais assumiram a catadura mais sombria que seria o prêmio natural por suas arbitrariedades.<br>Hoje, estrategicamente menos importante do que foi no seu apogeu, a caricatura se encontra, no entanto,<br>estabelecida como uma das formas de expressão da imprensa. Ela se perpetua enquanto quadro&nbsp; obrigatório da pàgina central de quase todos os grandes jornais do país.</p> ER -