OS PROCESSOS DE REETINIZAÇÃO DA UMBANDA NO CEARÁ

Autores

  • Ismael Pordeus Jr Universidade Federal do Ceará (UFC)

Resumo

Este ensaio trata de processos de reetinização da Umbanda no Ceará entre grupos indígenas que reivindicam o reconhecimento étnico. Este fenômeno de reetinização é observado entre os Pitaguari e os Tremembé, este último foi o grupo étnico a ser reconhecido em primeiro pela FUNAI. A dança do Toré, que foi considerada, em determinado momento, como "coisa de índio velho", tornou-se um indicador da identidade indígena. Quando membros dos Pitaguari e Tremembé aderiram às práticas de Umbanda, passaram a utilizá-la como sendo uma das manifestações culturais diacríticas de reconstrução da etnicidade indígena. E encontraram nessas práticas religiosas, um terceiro espaço, onde os símbolos culturais poderiam ser reinterpretados e selecionados para um fim em particular objetivado por esses grupos.

Biografia do Autor

Ismael Pordeus Jr, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Professor Titular - Universidade Federal do Ceará

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Publicado

2018-10-29

Como Citar

Pordeus Jr, I. (2018). OS PROCESSOS DE REETINIZAÇÃO DA UMBANDA NO CEARÁ. Revista De Ciências Sociais, 34(2), 79–87. Recuperado de http://www.periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/33896